MEU NASCER SE FEZ HISTÓRIA

 
 “Tem muita gente tão bonita nessa terra
 Nas minhas contas são sete bilhões mais eu 
Tem Ronaldinhos e rainhas da Inglaterra 
Mas nada disso muda que só eu sou eu 
Só eu sou eu, só eu sou eu 
Além de mim não tem ninguém que seja eu.” 
(Só eu sou eu, música de Marcelo Jeneci)

Todo mundo tem uma história para contar, mas contar a própria história é uma  empreitada desafiadora.  Organizar a cronologia do tempo é uma atividade mecânica minuciosa que demanda atenção e cuidado na elaboração de uma cartografia do destino. Diante do múltiplo universo que permeia o cotidiano, selecionar o que tem relevância é uma etapa mais elaborada e trabalhosa porque detalhes, muitas vezes imperceptíveis na hora em que acontecem, parecem indispensáveis quando visitamos o próprio passado.  Enquanto resgatamos fatos e situações ainda estamos assentados confortavelmente na planície. Tudo pode ser ordenado, classificado e explicado.  Mergulhamos na memória propriamente dita quando começamos a dar sentido aos fatos. Entramos no território do atemporal quando a emoção interessa mais do que o tempo cronológico, o olhar mais do que o objeto iluminado, o sentimento mais do que a lógica.  A causa e o efeito, o porquê ou os porquês já não são marcadores confiáveis. É nesta territorialidade elástica, desafiadora, surpreendente e imprevisível que a vida atravessa o tempo. É isto que impõe originalidade a cada indivíduo no seu estar no mundo. O livro de Raimunda Vieira Rolim  resgata uma travessia de coragem, resiliência e capacidade de se reinventar a cada desafio.

Vale a pena mergulhar com atenção nesta obra que além da própria vida da autora resgata a memória de um tempo que merece ser revisitado.  

MLUIZA

Recife, 06/02/2023


EDMILSON QUIRINO DE ALCÂNTARA: A LEMBRANÇA ALEGRE DE QUEM TEM APREÇO PELO TRABALHO QUE REALIZA.

Conversar com Edmilson é sempre muito agradável. Apesar da memória já comprometida ele adora falar sobre sua experiência como dono de bar....