MLUIZA |
A
despeito dos problemas que não contribuíram para a sua implantação plena, a Lei
Nº 1953 de 02/08/1922 significou uma renovação no ensino do Ceará. O
Regulamento da Instrução Pública que procedeu ao detalhamento da lei
estabeleceu marcos importantes para a educação no Ceará definindo questões
relativas a compreensão do ensino público e privado, a organização da direção e
fiscalização do ensino, a organização das escolas de ensino primário, entre
outras questões e atribuições.
A
reforma de 1922, através do seu artigo 116, estabelece como deveres dos alunos
das escolas isoladas, reunidas ou grupos escolares. Esta reforma recebe
influência da experiência paulista na organização do ensino primário e se
reflete na regulamentação das escolas reunidas e dos grupos escolares. As
antigas salas de ler e escrever que existiam desde o Império são substituídas por
uma nova organização das escolas primárias tendo como base as classes
sequenciais.
Conforme o Regulamento da Instrução Pública
proposto pela reforma de Lourenço Filho, fica clara a orientação para a
abertura de grupos e de escolas reunidas.
As escolas reunidas são definidas como escolas com
poucas classes, menor número de alunos por classe e distribuição segundo o grau
de adiantamento. Elas estariam situadas nas vilas ou cidades onde o nº de
escolas for de 2 a 6 podendo funcionar simultaneamente em dois períodos, no
mesmo prédio, e a direção seria de responsabilidade de um professor que também
rege a classe.
Os grupos escolares localizam-se em vilas ou
cidades nas quais a população escolar permita o funcionamento de oito classe,
ou mais, sob a direção especial de um professor.
CAPÍTULO
II
DAS ESCOLAS REUNIDAS
Art. 67 – Nas villas ou cidades onde o
número das escolas for de 2 a 6, poderão estas funcionar, simultaneamente, ou
em dois períodos, no mesmo prédio, sob a denominação de Escolas Reunidas,
entregando-se a direção a um professor que também reja classe. (...)
CAPÍTULO III
DOS GRUPOS ESCOLARES
Art. 70 – Nas cidades e
villas em que a população escolar permitir o funcionamento de oito classes, ou
mais, formarão ellas um grupo escolar, sob a direcção especial de um professor.
Paragrapho Único – O
Governo preferirá criar os grupos ou escolas reunidas nas localidades em que já
dispuzer de prédio, ou a Municipalidade o der, para o seu funccionamento,
incumbindo-se esta de fazer a limpeza e a conservação do edifício, num ou
noutro caso. (REGULAMENTO DA INSTRUCÇÃO PÚBLICA, 1923. p. 25)
Neste contexto onde convivem as escolas isoladas as
escolas reunidas e o grupo escolar, este representa um diferencial em relação
aos demais. A edificação oferece mais condição de conforto e higiene, o número
de alunos por classe é menor, as crianças são distribuídas por idade e grau de
adiantamento em diferentes salas e cada sala tem seu próprio professor. Os métodos pedagógicos, os conteúdos e a
organização da escola são superiores principalmente em relação as escolas
isoladas. Se nos demais modelos a preocupação era instruir ensinando a ler,
escrever e contar, o foco dos grupos escolares era educar, promover
comportamentos, condutas e hábitos civilizatórios. A Reforma de 1922 marca o
início da formação dos grupos escolares no Ceará.
“Os grupos escolares criados em 16 de dezembro 1922
foram: Aracati, Baturité, Barbalha, Crato e Icó.
No seguinte, em 1923, foram criados: Quixadá (12
janeiro de 1923), Lavras (15 janeiro de 1923), Parangaba (31 julho de 1923),
Redenção (31 julho de 1923), Crateús (31 julho de 1923).
Em Fortaleza, foram reorganizados e criados grupos:
Benfica, Rio Branco, Fernandes Vieira, Norte da Cidade e Outeiro.
As escolas reunidas foram instaladas nos seguintes
municípios: Acaraú, Aquiraz, Campo Grande, Camocim, Cedro, Granja, Ipueiras,
Ipu, Maria Pereira, Messejana, Viçosa1.Pacatuba, Quixeramobim, Santana, Soure,
Senador Pompeu, Tianguá, Tamboril e Viçosa.
Segundo Moreira de Sousa (1955), no final de 1923,
o Ceará possuía: 17 grupos escolares; 20 escolas reunidas; 102 escolas urbanas;
e 296 escolas rurais – todas devidamente aparelhadas, organizadas, com
diretoria própria. (p. 53).” (ALMEIDA, 2009, p. 48)
Conforme
as informações que temos identificado até o momento, não encontramos em
Alagoinha/Ipaumirim registros de escolas que se enquadrem na categoria de
escolas reunidas. É possível que o antigo Colégio XI de Agosto e o Educandário
Municipal de Ipaumirim, duas instituições de ensino que existiram quando ainda
éramos distrito de Baixio, possam aproximar-se do modelo das escolas reunidas
mas a indisponibilidade de registros documentais e as lembranças das fontes
orais não nos permitem, até o momento, enquadrá-las em qualquer modelo preciso.
O que
temos de concreto são as escolas isoladas, a maioria privadas, pulverizadas na
sede do distrito de Alagoinha/Ipaumirim, no Distrito de Felizardo e em alguns
sítios na área rural. Neste universo, as mais estruturadas eram as escolas
públicas: Escola Isolada de Felizardo e
a Escola Isolada de Ipaumirim.
Para
falar sobre o Grupo Escolar Dom Francisco de Assis Pires optamos por publicar um depoimento da sua
primeira diretora, Zenira Gonçalves Gomes, em texto de lavra própria.
ZENIRA GONÇALVES GOMES Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes |
“A Escola Isolada de Ipaumirim
transformou-se, em julho de 1954 no Grupo Escolar Dom Francisco de Assis Pires
em julho de 1954, ocasião em que fui nomeada diretora da instituição. Dom
Francisco de Assis Pires era bispo da Diocese do Crato a qual estava vinculada
a paróquia onde se inseria Ipaumirim além de ser padrinho de crisma de Dr.
Francisco Vasconcelos de Arruda a quem dedicava muito carinho e amizade.
DOM FRANCISCO DE ASSIS PIRES Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes |
Lembro-me que fui convocada pelo Dr.
Arruda, de saudosa memória, e na presença do Coronel Luiz Leite da Nóbrega,
José Saraiva de Araújo e José Henrique Silva, ele me entregou a nomeação.
Fiquei surpresa, emocionada e disse-lhe:
- Dr. Arruda, eu não sou digna deste
cargo, não sei mandar, prefiro ser soldado raso.
Ele riu e disse:
- O direito é seu e você vai dar conta
muito bem.
Dr. FRANCISCO VASCONCELOS DE ARRUDA
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Saí dali nervosa e preocupada. Entrei na
igreja e entreguei nas mãos de Deus e de Nossa Senhora o meu novo cargo.
Acompanhada também da minha nomeação de diretora, recebi também a nomeação das
professoras que iriam integrar o primeiro quadro docente do grupo escolar:
Ofélia de Sousa, Gizeldina Macedo, Socorro Pontes, Raimunda (Mundinha) Serafim
e Terezinha Paiva.
O grupo foi instalado no prédio onde havia
funcionado originalmente o Colégio XI de Agosto, na saída para a cidade de Baixio. Era um prédio pequeno, sem
conforto. Tudo foi difícil, carteiras poucas e já usadas, mesas e lousas
velhas, um relógio antigo, faltava até giz. As salas eram pequenas e o
prédio, em si, não era adequado a uma escola, mas era bem melhor que o período
anterior no tempo da esc0ola isolada. Tinha algumas salas independentes onde funcionavam as classes mais
adiantadas. Num salão único funcionavam as primeiras séries e o limite entre as
salas era estabelecido pela disposição das carteiras duplas que utilizávamos. Era
mais uma convenção que uma divisória.
Imagem ilustrativa capturada na internet |
Eu e as professoras fazíamos tudo.
Não havia servente, vigia, nem
secretária, Tudo era feito por nós. Depois, arrumei uma mocinha para fazer a limpeza básica e os alunos nos ajudavam a manter a escola em condições de funcionamento. Foi muita luta.
Grupo Escolar Dom Francisco de Assis Pires
no antigo prédio do Colégio XI de Agosto
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
A matrícula dos alunos foi grande.
Como o número de professoras era pequeno, fiquei ensinando a turma do 3ºano até
que surgissem mais professores. No ano seguinte, foi transferida da vizinha
cidade de Baixio, a professora Graziela Militão Albuquerque que passou a
assumir a minha turma. A partir de então, exerci exclusivamente a função de
diretora.
PRIMEIRAS PROFESSORAS DO GRUPO ESCOLAR DOM FRANCISCO DE ASSIS PIRES
OFÉLIA DE SOUSA Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes |
SOCORRO PONTES
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
MUNDINHA SERAFIM
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
GRAZIELA MILITÃO
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
TEREZINHA PAIVA NÓBREGA
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Posteriormente, este grupo foi-se
ampliando à medida que a escola crescia e outras jovens foram incorporando-se
ao corpo docente. Parte delas, tinham concluído o Curso Pedagógico em escolas
religiosas da região e outras, mesmo não concluindo o curso pedagógico, também
foram contratadas.
Da direita para esquerda. De pé: Marileide Albuquerque, Socorro Pontes, Ofélia Sousa, Socorro Nóbrega, Olga Sousa Arruda, Blandina Henrique, Miriam Barbosa Lima.
Eentadas: Mundinha Serafim, Maria Sousa, Dolores Pires, Zenira Gonçalves Gomes (Diretora), Terezinha Paiva Nóbrega e Graziela Militão.
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Adaptamos um pequeno espaço para funcionar como copa onde ficavam os potes e alguns utensílios para uso diário. Tempos depois, essa pequena copa passou a servir merenda para os alunos com doações da campanha da Aliança para o Progresso que distribuía alimentos para as escolas.
(NOTA 1: Dentro da campanha Aliança para o
Progresso, havia um programa chamado “Alimentos para a paz”. “Estes alimentos
podiam ser utilizados nas áreas de saúde, educação e obras públicas. No caso
das escolas, esses alimentos eram utilizados para reforçar a merenda e
suplementar os baixos salários de professoras de escolas primárias,
especialmente rurais, com equivalente em alimentos três meses de salário”
(BARROS, 2017, P. 87)
NOTA
2: Na década de 60, a Cáritas foi responsável
pelo recebimento e distribuição do programa mundial “Alimentos para a paz”. O leite
em pó vinha em latas de 5 kg, vinha também óleo de soja e triguilho. O
leite deste programa que chegava a Ipaumirim através da Igreja Católica e era
popularmente conhecido como “leite do padre”. O triguilho era um tipo de
suplemento alimentar que era misturado com o leite no preparo da merenda
escolar. No pacote de ajuda da Aliança
para o Progresso vinham também fardos de roupas usadas mas estes eram
distribuídos com a população em geral e não tinham relação com os alimentos que
vinham para a escola. Lembro que o ponto de distribuição dessas roupas era na
casa de minha vó, Maria Nóbrega. Não lembro se havia outros pontos de
distribuição mas tanto a comida quanto as roupas vinham através da Igreja
Católica. MLUIZA)
Na enorme área livre da escola haviam alguns pés de juazeiro e um cacimbão. Era preciso sempre mandar cortar o capim.
Maria Luiza Nóbrega de Morais (farda) e
Socorro Nóbrega (professora) junto ao cacimbão do grupo.
Arquivo: Maria Luiza Nóbrega de Morais
Arquivo: Maria Luiza Nóbrega de Morais
Na frente da escola, os pés de viúva
alegre distribuíam-se internamente ao longo do muro com suas alegres florzinhas
de cor lilás. De manhã, estudavam as meninas. De tarde, os meninos. Antes de
entrar na aula, formava-se uma fila e cantava-se o hino da escola de autoria de Alberto Moura e foi cantado a primeira vez no dia 29.11.1955 na solenidade de formatura da primeira turma de quintanistas.
A primeira turma de quintanistas concluiu
em 1955. Composta de doze alunos teve como paraninfo Dr. Francisco Vasconcelos de
Arruda e como patrono Monsenhor Manuel s Carlos de Morais, vigário local.
HINO DO GRUPO ESCOLAR DOM FRANCISCO DE ASSIS PIRES
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
1ª turma de quintanistas. 1955.
Fila superior, da esquerda para direita: Marileide Albuquerque,
Socorro Henrique, Sebastião Baraúna, Avani Oliveira, Odete Freitas, Socorro Batista.
Fila inferior: Josevaldo (Vavá) Felinto, Socorro Olímpio, Alzeni Oliveira, Socorro Estolano,
Maria Nery e Francisco Ribeiro (Quinco de Manuel Gomes). Ao centro, Dr. Arruda, Zenira Gonçalves Gomes e Gizeldina Macedo.
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Recortes de jornais da época. 1955
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Em 1957, o jardim de Infância Menino Deus
que pertencia ao grupo mas funcionava num armazém defronte à escola graduou sua
primeira turma. A professora era Terezinha Paiva.
CONVITE FORMATURA 5º ANO E JARDIM DE INFÂNCIA
1957
ARQUIVO MARIA LUIZA NÓBREGA DE MORAIS
MARIA LUIZA NÓBREGA DE MORAIS
ORADORA DA TURMA DO JARDIM DE INFÂNCIA
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Também celebrávamos festas religiosas. As nossas comemorações do mês de maio dinamizavam a vida na comunidade. Durante todo o mês rezava-se a novena, um dia em cada classe. Havia uma saudável comnpetição pelo altar mais bonito. Os altares eram decorados com coelhinho, carneirinhos, corações etc.. e nele colocávamos o nome de cada aluno que recebi sua lembrancinha no final do mês. No final do mês, fazíamos uma linda cerimônia de coroação de Nossa Senhora.
CCOROAÇÃO DE NOSSA SENHORA.
Grupo Escolar D. Francisco de Assis Pires.
MAIO, 1956
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Esta escola praticamente monopolizou o
ensino primário na sede do município recebendo ainda alunos que moravam nos
sítios mais próximos e que vinham diariamente assistir aula. Por ela, passaram
várias gerações que posteriormente seguiram para o ensino médio no Colégio XI
de Agosto ou migraram para estudar em outras cidades para complementar os
estudos.
Abrigamos em nossas salas de aula o primeiro contingente expressivo dos
filhos de Ipaumirim que chegaram à universidade. Anteriormente, poucos filhos
da terra conseguiram se graduar em nível superior mas num contexto bastante
privilegiado. A maioria que ingressou na universidade, por volta dos anos 70
assim como aqueles que exerceram profissões e atividades que demandavam um grau
de escolaridade mais alto mesmo não concluindo o curso universitário fez o
curso primário neste educandário. Este registro é muito importante porque
mostra a importância da escola para ascensão social de uma parcela
significativa da população local.
Os desfiles de sete de setembro marcaram
época. Alegorias, banda de música, pelotões perfilados desfilavam pelas ruas da
cidade. Com a inauguração do Colégio XI de Agosto (CNEC) a disputa se acirrou e
os desfiles ficaram cada vez mais bonitos. Muita pompa e muito luxo. Os pais faziam questão de fazer belos trajes para os seus filhos desfilarem.
Tinhamos por costume comemorar como dia do estudante, dia do município, dia do professor, etc. Os nossos alunos apresentavam-se também em praças públicas recitando poesias, cantando músicas e enchendo a cidade de festa e alegria.
Tinhamos por costume comemorar como dia do estudante, dia do município, dia do professor, etc. Os nossos alunos apresentavam-se também em praças públicas recitando poesias, cantando músicas e enchendo a cidade de festa e alegria.
UMA DAS ALAS DO DESFILE DO GRUPO
EM 07.09.1965
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
07 de setembro de 1965
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Evento não identificado
1963
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Dia do estudante - 1968
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
07 de setembro de 1965
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Evento não identificado
1963
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Dia do estudante - 1968
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
A fase mais complicada veio no período de
reconstrução do prédio que ocupávamos para sediar o Colégio XI de Agosto
vinculado à Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC). Nesse período,
nossas salas de aula foram transferidas para residências. Salas, quartos e
outros cômodos e ainda prédios comerciais que estavam desocupados foram disponibilizados pelas pessoas de boa vontade. O conjunto
da escola ficou repartido e distribuído por várias partes da cidade. A
desagregação aumentou muito o trabalho. Foi mais um período de muita dificuldade que atravessamos. Enquanto isso, estava sendo construída, em um terreno adquirido so Sr. Luis Ferreira, a
nova sede do grupo na Rua Castelo Branco Nº 110 com o esforço e empenho de Dr.
Almir dos Santos Pinto, na época, Secretário da Educação do Ceará e de Oswaldo
Ademar Barbosa, prefeito da cidade. O governador da época era Dr. Parsifal Barroso. O grupo começou a funcionar no prédio novo no dia 15.04.1963.
NOVAS INSTALAÇÕES DO GRUPO ESCOLAR DOM FRANCISCO DE ASSIS PIRES
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
ALMIR SANTOS PINTO
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO CEARÁ
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
OSWALDO ADEMAR BARBOSA
PREFEITO DE IPAUMIRIM
FONTE DA IMAGEM: alagoinha.ipaumirim.blogspot.com
FONTE DA IMAGEM: alagoinha.ipaumirim.blogspot.com
As autoridades que passavam pela cidade faziam
questão de visitar o grupo. Políticos, bispo, padres, prefeitos nos faziam
visitas.
Além dos professores, a nossa equipe de apoio era composta por Letícia Ferreira, Ilca Henrique, Zeneide Xavier e Vicente Catarina.
Além dos professores, a nossa equipe de apoio era composta por Letícia Ferreira, Ilca Henrique, Zeneide Xavier e Vicente Catarina.
Tudo valeu a pena.
Depois, este grupo foi transformado na Escola de Ensino Fundamental e Médio Dom Francisco de Assis Pires em 17.10.1975.
INVENTÁRIO DO MATERIAL EXISTENTE NO GRUPO
ESCOLAR DOM FRANCISCO DE ASSIS PIRES NA SUA NOVA SEDE - RUA PRESIDENTE CASTELO
BRANCO 110 – IPAUMIRIM – CE
Nota: o patrimônio está composto pelo
material registrado como ‘particular’, ou seja, vindo das instalações anteriores do antigo grupo e os
novos enviados pelo Estado para as novas
instalações. Vamos identificar apenas aqueles recebidos do Estado.
INVENTÁRIO:
93
carteiras grandes sendo 78 recebidas do Estado em 01.06.1964, 28 carteiras
pequenas ( recebidas do Estado), 01conjunto de cadeiras e um centro, 08 mesas
grandes (01 recebida do Estado), 06 mesas pequenas, 4 estantes (02 de vidro e
02 de madeira sendo 02 recebidas do Estado), 03 birôs (01 do Estado), 12 cadeiras
de madeira (03 do Estado), 01 relógio de parede (recebido do Estado), 01 filtro
para o jardim de infância (recebido do Estado),
02 cestos de madeira (Estado), 08 cestos plásticos 01 porta-chapéus servido de
espelho e pente (particular), 01 álbum de retratos (particular), 01 jarro de
louça, 11 jarros plásticos, 01 porta durex, 01 depósito de carimbos, 01
depósito de goma arábica, 01 farmácia (medicamentos), 01 lavatório, 01 bacia
(saboneteira e sabonete), 01 balde para água servida, 01 Coração de Jesus
(Jarro, flores), 01 Nossa Senhora grande (pé de madeira e dois jarros), 01
Nossa Senhora pequena (pé de madeira), 20 quadros de formatura, 01 capacho verde,
01 sineta (presente de Dr. Arruda), 01 perfurador, 01 grampeador, 01 tesoura, 03
almofadas de carimbo (Estado), 02 carimbos com o nome do grupo e da diretora, 06
mesas (Curso infantil), 01 martelo, 03 toalhas de mão (01 nova, 02 velhas), 01
cinzeiro, 05 dicionários (Estado), 01 atlas, Conjunto de mapas (Mundi, América
do Sul, Brasil e Ceará), 05 livros (atas, visitas, ponto e termo de abertura
com o nome das professoras), Apagadores, Tinteiros, Giz escola, 04 bandeiras do
Brasil (Estado), 01 bandeira do Ceará, 01 bandeira de Brasília, 03 tambores e 01
corneta (presentes de Oswaldo Ademar
Barbosa, em 1970), Flores plásticas, Toalhas plásticas, 01 plástico para o
altar, 01 régua grande, 01 crucifixo para entrada (presente de Gizeldina
Macedo), 06 crucifixos para salas de aula (presentes de ex-alunas), 02
estantes (Biblioteca), 03 retratos de
Dr. Arruda, 02 retratos de Monsenhor Carlos de Morais, 01 retrato do Coronel
Luiz Leite da Nóbrega, 01 retrato de Ademar Barbosa, 01 retrato de José Alves
de Oliveira, 01 retrato de Dr. Almir dos Santos Pinto, 01 retrato de Zenira
Gonçalves Gomes, 01 retrato de Francisco Nery ( com jarro), 01 retrato de Luiz
Carlos Lustosa (com jarro), 01 retrato de D. Francisco de Assis Pires, 02 taças
de louça (futebol), 01 trena (presente de Olga Sousa Arruda), 14 pincéis
atômicos, Copinhos e pratos de papelão (festa), 01 dominó, 01 pega varetas, 01
placa (Diretoria), 01 placa com o nº da escola., 01 jarro grande e 01 pé de
ferro (presente de Ivone Brasileiro), 04 cabides de madeira, 01 porta bandeira,
03 lousas avulsas (Estado), Rodo, vassoura e pá, 01 retrato de Neli Firme, 02
jarrinhos de plástico com flores, 03 toalhas pintadas de Nossa Senhora (uma
delas foi presente de Socorro Lemos), 01 calendário plástico, 02 paus de
bandeira, 02 panos de cetim (azul e branco) para o altar de Nossa Senhora, 01
pedaço de tule (presente de Terezinha Paiva), 01 mastro, 01 coroa de ouro de
Nossa Senhora, 01 lapiseira plástica, 02 toalhas plásticas (birô e estante), 13
espanadores, 01 globo (1972), 01 flor de plástico (Diretoria), 04 camisas de
jogo, 03 camisas de meia para o sete de setembro, 01 Menino Jesus com caminha, 01
soquete com tomada, 01 tomada em T para a geladeira, 2m1/2 de opaca branca para
o altar, O1 beca (Jardim da Infância), 04 faixas de tipos variados, 15 faixas
verde e amarela, 01 faquinha (tomada de um aluno), 20 carimbos do jardim da
infância, 01 Estatuto dos funcionários (presente de Amaro Farias), Bandeirinhas
do Brasil, 30 emblemas (Eu te amo, meu Brasil),
MATERIAL EXISTENTE NA CANTINA
01
estante de vidro, 01 chaleira de alumínio (Estado), 01 cafeteira, 01 conjunto
de latas (Estado), 01 caldeirão grande de alumínio, 01 espremedor de alumínio, 02
conchas de alumínio, 01 bacia pequena de alumínio, 01 frigideira pequena de
alumínio, 01 tacho grande de alumínio sem tampa, 01 tacho maior de alumínio com
tampa, 01 tacho comprido de alumínio com tampa, 01 caneco, 01 panela de ágata, 01
papeiro de ágata, 01 tigela de louça, 35 pratinhos plásticos (Estado), 01 casal
de talheres, 02 potes, 01 fogão gás butano (presente do prefeito Expedito Dantas
Moreira), 01 colher de pau, 01 pratinho de louça, 06 copos de vidro, 01
crucifixo, 04 quadrinhos, 01 bandeja, ½ dúzia de louça de café, 01 filtro, 01
coadeira de chá de alumínio, 01 açucareiro plástico, 01 pano de fogão, 01
poncheira plástica, 08 colherinhas, 01 cortina plástica, plásticos para toalha
da cantina, 02 depósitos plásticos pequenos, 01 colher de pau, 01 peneira de
arame, 01 liquidificador Arno (comprado com o dinheiro da quadra em 1972), 01
lata de querose vazia, 01 assadeira de bolo, 01 pilão de tempero, 01 geladeira
GE (1972), 01pegador de geladeira, 02 caixinhas de gelo, 01 depósito de
plástico da geladeira, Garrafas plásticas para geladeira, 01 peneira plástica e
01 porta-toalhas.
Maria Zenira
Gonçalves Gomes
Inventário do material existente no Grupo Escolar
Dom Francisco de Assis Pires.
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
(NOTA: Documento
manuscrito por Zenira Gonçalves Gomes. Sem data. Acredito que o inventário é do
que ela deixou no grupo quando se aposentou. )
PROFESSORAS DO GRUPO ESCOLAR DOM FRANCISCO DE ASSIS PIRES
PROFESSORAS DO GRUPO EM 1965
DA ESQUERDA P/ DIREITA.
DE PÉ: BLANDINA HENRIQUE, OLGA SOUSA ARRUDA, FRANSCISQUINHA SERAFIM, EXPEDITO DANTAS MOREIRA (PREFEITO DE IPAUMIRIM), IVONE BRASILEIRO, SOCORRO NÓBREGA E GRAZIELA MILITÃO.
SENTADAS; OFÉLIA SOUSA, MIRIAM BARBOSA LIMA, ZENIRA GONÇALVES GOMES (DIRETORA), MUNDINHA SERAFIM, ANITA NEVES.
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
DOLORES PIRES FERNANDES
VICE DIRETORA DO GRUPO
Arquivo: Zenira Gonçalves Gomes
NOTA: O ACERVO FOTOGRÁFICO DE TODA ESTA ÉPOCA ´PERTENCE AO ARQUIVO PARTICULAR DE MARIA ZENIRA GONÇALVES GOMES E ESTÁ DISPONÍVEL NO BLOG PORTRAIT: IPAUMIRIM EM BRANCO E NEGRO. (http://portraitipaumirimbn.blogspot.com)
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Jane Maria F. A reforma da instrução pública do Ceará de 1922: as diretrizes políticas do Governo Justiniano Serpa . Fortaleza, 2009. UECE (Dissertação de Mestrado). 127p. Disponível em: http://www.uece.br/politicasuece/dmdocuments/jane[1].pdf. Acesso em 17 de agosto de 2020.
BARROS, Artur Victor Gonçalves. “A pobreza como estopim da revolução”: a Aliança para o Progresso em Pernambuco (1959-1964). Recife, UFPE/ , Programa de Pós-graduação em História, 2017.Dissertação (mestrado) . Disponível em:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28092 Acesso em março de 2020.
ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DOM FRANCISCO DE ASSIS PIRES: 1954-2004. 50 anos de história. Ediçao comemorativa. (Sem data e sem autor).
GOMES, Maria Zenira Gonçalves. Arquivo particular: documentos e imagens.
_____. Depoimento a Maria Luiza Nóbrega de Morais. Documento manuscrito. 2003
VIEIRA, Sofia Lerche (Org.) Documentos de Política Educacional no Ceará: Império e República. Brasília, INEP, 2006. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/documents/186968/487843/Leis+de+Reforma+da+Educa%C3%A7%C3%A3o+do+Cear%C3%A1/67667e78-59e9-4f7d-9b2d-ce02819b5fea?version=1.1 Acesso em 15 de julho de 2020.
MLUIZA
RECIFE
29.08.2020
MLUIZA
RECIFE
29.08.2020
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