'QUEM SABE ISSO QUER DIZER AMOR' (*)

  

MLUIZA

Tenho encontrado em minhas pesquisas importantes registros anotados em cadernetas. Os assuntos tratados revelam datas, valores, registros contábeis, dados sobre safras, anotações familiares, entre outros temas muito interessantes. Estas anotações preservam informações que a oralidade não conseguiu guardar.  São documentos manuscritos produzidos geralmente com muito cuidado que contam aspectos de um tempo que se perdeu na memória.

Desde o nosso original e inédito https://alagoinha.ipaumirim.blogspot temos recuperado e disponibilizado informações muito importantes posteriormente  transferidas para o blog https://impressoesdigitaisrepositorio.blogspot.com com novas atualizações sempre que o tempo me permite processa-las.  Uma das linhas de trabalho desenvolvidas desde então tenta resgatar a memória das famílias. O post de hoje trata da Família Macedo. Anteriormente, publicamos uma carta de José Macedo aos seus filhos.

Há algum tempo conversei com Bosco Macedo sobre um tema específico que paralelamente venho desenvolvendo que é o resgate da  história de vida de personalidades que considero significativas para Ipaumirim, maiores de setenta anos e ainda lúcidas para contar sua própria trajetória. Este projeto não é um mero registro de datas como usualmente publica-se na internet, mas um relato paciente e demorado de forma que é trabalhoso e demanda domínio da técnica pelo entrevistador e boa vontade, tempo e disposição do entrevistado.  Nesta ocasião, ele me revelou haver um documento que o seu avô, pai de José Macedo, tinha deixado para o filho contando a sua própria história entrelaçada com a história da família. O avô produziu um documento similar para cada um de seus filhos. O original deste documento estaria com Márcio Macedo, seu sobrinho, filho de Evandro. Bosco fez a ponte entre nós e Márcio foi de uma sensibilidade e generosidade ímpar ao enviar o documento original escaneado permitindo sua publicação. Digitalizei para facilitar a leitura. Algumas poucas palavras ilegíveis estão representadas pelo símbolo (...)

A caderneta é um singelo documento que traduz uma refinada expressão de afeto de um pai para seu filho. O texto me remeteu a uma crônica de Martha Medeiros inspirada num poema de Adélia Prado intitulada ‘Jeitos de amar’ bastante conhecido na internet. Utilizo este título para nomear este post  que ressalta o quanto são múltiplas e incontáveis as possibilidades de expressão do amor.

Muito obrigada a Bosco e Márcio Macedo pela confiança.

MLUIZA

Recife, 02.10.2021

 (*) Titulo de uma canção de Lô Borges e Márcio Borges.

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