PERFIL: VIVALDO ALVES DE OLIVEIRA (PARTE IV)

 

M LUIZA

MLUIZA

Finalizamos, hoje, a publicação do perfil de Vivaldo Alves de Oliveira. Agradecemos a sua generosidade, gentileza em compartilhar as suas vivências que traz informações importantes sobre Ipaumirim onde exerce, desde a década de 60, intensa participação na vida política e social. Registramos ainda a sua paciência durante praticamente dois meses de demoradas conversas, cessão de imagens e troca de informações até alinharmos o texto final.  Muito obrigada. 

MLUIZA

                                                               Vivaldo Alves de Oliveira 

Minha vida profissional começou em 1963 quando fui aprovado numa seleção para bolsistas da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará. Como estagiário, trabalhei em Ipaumirim e dois meses depois fui  transferido para Barbalha. Após a minha aprovação no concurso da Secretaria da Fazenda, em 1964, fui designado para trabalhar novamente em Ipaumirim como agente fiscal - categoria sete.

                                                  Fonte da imagem. CIDADE.IBGE.GOV.BR

De outubro para novembro de 1965 fui transferido, na mesma função, para trabalhar na Coletoria de Quixadá. Era uma coletoria grande que contava com coletor, escrivão e tesoureiro. 


  Fonte: https://quixada.ce.gov.br/wp-content/uploads/2019/11/

Mais ou menos, no mês de fevereiro ou março de 1966 fui transferido para a Coletoria de Russas e, no fim do ano, para Fortaleza onde fiquei lotado na Tesouraria Geral do Estado.

                                   Fonte da imagem: https://russas.ce.gov.br/wp-content/uploads/2013/01/russas.png

 Na ocasião, a Secretaria da Fazenda observou que muitos dos concursados da minha época que deveriam estar no interior estavam lotados na capital. O secretário decidiu remanejá-los para postos no interior.

SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO CEARÁ

Assim, fui transferido como escrivão, em 1970, para trabalhar na coletoria estadual de Morada Nova sendo logo depois promovido a coletor estadual. Na cidade, exerci a função de professor no Ginásio Monsenhor Tabosa lecionando Matemática e Organização Social e Política Brasileira e na Escola Maria Emília Rabelo onde lecionei Matemática.  Fui presidente do Lions Clube local e também do clube social da cidade, Associação Atlética e Cultural de Morada Nova. No carnaval de 1972, contratei para animar a festa a orquestra ipaumirinense de Alceu Laurentino, composta de catorze músicos, que foi muito elogiada pelo excelente carnaval que proporcionaram aos foliões da cidade.  

No fim de 1973, fui designado como coletor estadual da cidade de Russas.  Neste período, ministrei aulas na Escola Técnica de Comércio Padre Zacarias Ramalho.Em fins de 1974, fui transferido como coletor para a cidade de Icó onde também fui professor do tradicional Colégio Senhor do Bonfim criado em 1938 pela Congregação da Filhas de Santa Tereza de Jesus, sediada na cidade do Crato. Lecionei ainda no Centro Icoense de Ensino Técnico (CIENTE) que oferecia o curso técnico em contabilidade. O CIENTE nasceu do Ginásio Nossa Senhora da Expectação, colégio masculino,  vinculado à paróquia do mesmo nome. Em 1974, o CIENTE passou a oferecer turmas mistas. Depois, este colégio deu origem à Escola Municipal Manuel Antônio Nunes que à principal funcionava como uma escola conveniada entre o ensino particular aportando uma subvenção do município. Em 1998, passou a ser apenas municipal.

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/240

Em 1976, voltei como coletor para a cidade de Ipaumirim. Nesta ocasião, fui professor do Colégio XI de Agosto onde lecionei Matemática e Educação Moral e Cívica. Fui também o presidente do Lions Clube de Ipaumirim onde criei uma escola de datilografia que funcionava os três expedientes e contava com apenas três máquinas de escrever. O Lions funcionava na rua Coronel Gustavo Lima num prédio de esquina que ficava atrás do atual CVT. Em 1977, fui exonerado da Coletoria de Ipaumirim e nomeado coletor na cidade de Lavras da Mangabeira substituindo Inocêncio Feitosa.  

                                       Fonte: https://www20.opovo.com.br/images/app/noticia

Em 1978, fui transferido para a cidade de Juazeiro do Norte como Assessor Regional da Fazenda.  Nesta ocasião, fui promovido a auditor do tesouro estadual, nível máximo da minha carreira profissional, ingressando na Diretoria de Fiscalização de Empresas.

                                               Fonte: https://badalo.com.br

Em Juazeiro, fui presidente do Lions Clube local em duas ocasiões. No meu primeiro mandato, criamos um serviço de assistência às mães carentes do bairro onde se localizava o Lions. O serviço oferecia assistência médica, odontológica e de apoio promovendo palestras informativas, reuniões, entre outras atividades de interesse das mães. Quatro anos depois quando fui reeleito presidente, esse serviço havia sido extinto. Resolvemos criar o Clube do Idoso que prestava assistência médica, odontológica e social promovendo ainda atividades de lazer para os participantes do grupo.

Fui eleito vice-presidente da Associação dos Profissionais Universitários do Cariri (APUC) que tinha como presidente o advogado Almir Bezerra, de Umari, que foi meu contemporâneo da Casa do Estudante do Ceará e também na Casa do Estudante de Ipaumirim, Baixio e Umari. Cinco meses após a eleição, assumi a presidência em virtude do falecimento prematuro de Almir. No meu mandato, promovemos muitas atividades sociais e melhoramos a sede com a realização de obras de infraestrutura.

Aposentei-me em 1992 e passei a prestar assessoria na área de  incrementação da receita de ICMS nas prefeituras de Juazeiro do Norte, Barbalha, Jardim e Quixeramobim.

Entre os anos de 1993 a 1996, fui secretário de Administração e Finanças de Prefeitura Municipal de Ipaumirim na gestão de Luiz Alves de Freitas.

Em agosto de 1997, fui secretário de finanças da Prefeitura Municipal do Crato na gestão de Dr. Raimundo Bezerra onde fiquei até 1998 quando o prefeito faleceu.

Fonte: https://4.bp.blogspot.com

 No terceiro mandato de Luiz Alves de Freitas (2004) na Prefeitura Municipal de Ipaumirim fui Secretário de Administração e Finanças durante um ano.No primeiro mandato de Geraldo Santos  fui Secretário da Agricultura da Prefeitura Municipal  de Ipaumirim por um período de oito meses.No mandato de Wilson Alves (2013) fui secretário de finanças da Prefeitura Municipal de Ipaumirim durante um ano. No segundo mandato de Geraldo Santos( 2017) fui secretário de cultura por aproximadamente cinco meses.No ano 2000,  fui secretário de administração de Juazeiro do Norte respondendo também pela Secretaria de Finanças durante seis meses no Governo de Mauro Sampaio.Exerci ainda o cargo de assessor especial da administração municipal da Prefeitura de Iguatu por um curto período em 2017 de Ednaldo Lavor.

FAMÍLIA

Em 1970 casei-me, em Ipaumirim,  com Maria Batista de Lucena (Deusani), filha de José e Nazinha Batista, nascida no ano de 1947. 

VIVALDO ALVES DE OLIVEIRA 
VIVALDO ALVES DE OLIVEIRA

 

                                                         DEUSANI BATISTA DE LUCENA

Cinco anos após o nosso casamento, nasceu nossa primeira filha Nygia Nélida (1975) seguida por Vivaldo Junior (1976), Roberto Wagner (1980), Nívia Nara (1983) e Rodolfo (1988). Com exceção de Rodolfo que nasceu em Juazeiro do Norte, os demais nasceram na cidade do Crato.

NYGIA NÉLIDA

                                                                    VIVALDO JÚNIOR

                                                               ROBERTO WAGNER

NÍVIA NARA

VIVALDO, RODOLFO, DEUSANI

VIVALDO E NETOS

Construímos uma família sólida que muito deve a minha mulher, companheira de todas as jornadas. Ver os filhos crescerem, os netos chegarem, a sensação do dever cumprido e a certeza de que tudo valeu a pena enche o coração de esperança e vontade de alargar o tempo para viver muito mais. 

 VIVALDO E DEUSANI

À medida que o tempo passa vejo a importância que meus pais tiveram ao preparar-me para esta construção. Com múltiplos problemas de saúde, minha mãe faleceu aos 82 anos em 1980. Deixou-me o exemplo da sua fortaleza, da compreensão, do seu poder de decisão e me preparou para a responsabilidade de cuidar da família.  Meu pai faleceu, aos 90 anos,  em 03.11.1983. Numa segunda feira, ele fechou a bodega onde trabalhou a vida inteira, entregou a chave a meu irmão, José Alves, e foi para a nossa casa. Dois dias depois, faleceu de trombose. Com ele, eu   aprendi a ponderação e a acreditar que sempre há uma solução possível para os percalços que porventura surgem ao longo da nossa vida. Da parte que me coube da sua herança, reservei uma área doada à Igreja Católica para construir uma capela na Vila São José,  originalmente Sítio Carnaubinha, sítio  onde nasci e fui criado.

MLUIZA

RECIFE, 13.08.2020

 

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