THALLYSON JOSUÉ |
Pensar política é ter em mente o que é
necessário para a melhoria da vida alheia.
Essa
afirmação é curiosa, mas pertinente, fazer política se materializa no ato de
pensar antes nas necessidades dos outros do que nas suas. Quando o político “é
bom, é espetacular” ele idealiza ações que envolvem o bem estar da comunidade.
Não há espaço para politicagem nem clientelismo, as melhorias são feitas para
atender aos anseios mais urgentes da maioria.
Isso faz a sociedade analisar e concluir: temos uma
mínima quantidade de bons políticos e a grande maioria enraizada numa maneira
pobre e vergonhosa com sua base não nas propostas e ações eficientes, mas na
manutenção de votos que ocorre quase sempre pela negociação e compra dos
mesmos. Essa política, é bom que fique claro, não condena apenas seus falsos
protagonistas, o verdadeiro protagonista também tem sua parcela de culpa, essas
pessoas que pensam individualmente em demasia só são o que são porque o povo
lhes dá essa condição.
Sendo
científico, recorto a realidade para concluir que em nossa cidade parecem
existir mais políticos do que eleitores, tamanha a preocupação com os problemas
alheios, isso seria fascinante se a preocupação fosse produtiva, mas ao que
parece a inquietação é meramente especulativa.
Acreditar que a consciência se instalará do nada na
cabeça das pessoas é mera ilusão, o jornalista Juca kfouri achava, há 40 anos
quando iniciou as atividades profissionais que as coisas iriam melhorar, hoje
ele parece mais lúcido quanto ao mal crônico que afeta além de boa parcela dos
dirigentes de futebol, também grande parte da sociedade.
Inverter os
papéis nesse caso não é a melhor alternativa, isso pode ser interessante nas
atuais produções da globo, mas na política, que o povo deixe para os políticos
a preocupação com os problemas alheios e assuma a função que lhe é devida, que
até pode envolver a preocupação com o próximo quando esta for bem intencionada.
Caso isso não seja possível deve a massa escolher dentre as opções as melhores
e torcer, fiscalizar e até denunciar sempre que necessário.
E nesse país confuso onde tratam carnaval como
eleições e eleições como carnaval, que o mês de outubro testemunhe a vitória
das melhores intenções, e troca de textos só quando a incompetência dos
políticos tornar indispensável tal atuação.
THALLYSON JOSUÉ
Postado no
alagoinha.ipaumirim em 11.08.2012
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