Tem dias que a gente fica no limbo, vero? Hoje. Eu tê assim. Nem pra lá, nem pra cá e nem no meio. Credo!
O dia está nublado, eu já lavei roupas e mais
roupas, saí pra comprar comida porque não quero almoçar fora e nada. Liguei pra
Deus e o mundo. E nada, tudo no ponto zero. Descartei convites, desmarquei
compromissos, dei uma geral na internet e parei aqui.
Caio Josué, administrador do blog da Escola D.
Francisco de Assis Pires, tem razão quando diz que tem dias que não tem
notícias. Vou botar o que? Eu acho até que nem falta notícia: é falta de tesão
mesmo. A gente procura, procura, procura e não acende a luz. A vida fica normal
e, cá pra nós, quando a vida tá paradona ela fica chaaaaaaaata que dói.
Vamos considerar que estou em alfa, um intervalo
entre coisas superinteressantes que estão acontecendo. A expectativa da festa
de São Sebastião que é sempre um momento de muita alegria quando revejo todo
mundo e cumpro o nosso ritual familiar herdado dos meus avós. Não tem natal,
não tem ano novo, não tem carnaval. Para nós, enquanto família, a festa é a de
São Sebastião.
Reencontrar as pessoas é impagável. Sempre aparece
alguém que faz tempo não vai por lá. Desligar-se da complexidade da vida e
refazer as energias no abraço, nas lembranças comuns, na simplicidade esquecida
no alvoroço cotidiano. Claro que, de alguma forma, há interesse político de
todos os lados. Não podemos esquecer que 2010 é um ano pesado. Isso é normal.
Faz parte. Não há nenhum mal que seja assim.
O que sobressai é que a maioria vai por razões
afetivas que vão da fé ao reencontro dos amigos, da família, daquele jeito de
viver interiorano que contribuiu, de uma forma ou de outra, para sermos o que
somos.
O sentido não é saudosista na intenção de resgatar o passado mas retomar os laços que fizeram de nós uma gente da mesma terra, da mesma cultura. Muita água rolou na vida de todos, o que é saudável e bom. Mas sempre fica impregnada alguma coisa na alma de cada um: uma rua, uma praça, uma conversa, um amigo, uma festa, uma brincadeira. E nessa hora, somos filhos e amigos do mesmo Ipaumirim. Com seus problemas, suas contradições, suas encrencas, sua alegria, suas lembranças individualizadas que, reunidas em conjunto, fazem um passado comum e podem fazer um futuro melhor.
Cada encontro é único. Não dá para perder.
O sentido não é saudosista na intenção de resgatar o passado mas retomar os laços que fizeram de nós uma gente da mesma terra, da mesma cultura. Muita água rolou na vida de todos, o que é saudável e bom. Mas sempre fica impregnada alguma coisa na alma de cada um: uma rua, uma praça, uma conversa, um amigo, uma festa, uma brincadeira. E nessa hora, somos filhos e amigos do mesmo Ipaumirim. Com seus problemas, suas contradições, suas encrencas, sua alegria, suas lembranças individualizadas que, reunidas em conjunto, fazem um passado comum e podem fazer um futuro melhor.
Cada encontro é único. Não dá para perder.
Outra alegria que tive esta semana foi, digamos
assim, inacreditável. Quase 100 anos depois que o meu bisavô, pai da minha avó
Maria Nóbrega, saiu de São José do Egito para Alagoinha, a família
reencontrou-se. De um tronco familiar de treze filhos, nós éramos o único elo
perdido que foi reencontrado através do nosso blog. Foi um encontro comovente e
agora toca a reconstrução dos laços, recompor, de grão em grão, o hiato
centenário.
Vou compartilhar com vocês este caminho para
estimular os que buscam reencontrar parentes e amigos desaparecidos. O
inesperado é possível, a vida guarda surpresas que a internet pode viabilizar.
Deixo com vocês a pintura da foto do avô da minha avó Maria Nóbrega, primeiro
prefeito e líder político de São José do Egito- PE nos fins do século XIX e
início do século XX. Para mim, é como se fosse ontem porque até então eu nada
sabia. Gracias a la vida!
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Respeitar sempre.