VERDE QUE TE QUERO VERDE: APONTAMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DA FLORA IPAUMIRINENSE (X)

(CONTINUAÇÃO DO INVENTÁRIO DAS NOSSAS PLANTAS)


CACTOSplantas bastante resistentes a falta d’água. Pertencem a família cactácea tanto os cactos típicos como o mandacaru quanto outras espécies que apesar de possuírem folhas compartilham características com os cactos típicos. No semiárido nordestino pode-se encontrar inúmeras espécies.  Dentre outras, selecionamos as mais comuns em nossa região:   coroa de frade, facheiro, mandacaru, palma forrageira, xique-xique. 

COROA DE FRADE espécie que  ocorre principalmente na caatinga e em brejos de altitude. É comum encontra-la isoladamente ou em populações sobre rochas graníticas. Apresenta grande quantidade de espinhos e tem alta resistência aos períodos circos de longas estiagens.
Coroa de frade
Flor da coroa de frade

Fruto da coroa de frade
FACHEIRO - cacto  de um alto porte pode chegar a 10m de altura, destituído de folhas e com presença de espinhos. O fruto em geral é grande e de colorido vistoso (comumente vermelho).
Facheiro

Flor do facheiro
Fruto do facheiro
MANDACARU - espécie encontrada na mata nativa apresenta um porte variando de 5 a 6 metros de altura, e com diâmetros variando entre 20 a 60 centimetros nas plantas mais velhas. A sua produção quando encontrada na mata nativa é baixa, entretanto quando cultivada e manejada corretamente consegue-se melhores resultados. O fruto e a flor servem para alimentar aves e abelhas. É importante para a restauração de solos degradados, utilizada e como cerca natural e como alimento para os animais embora não tenha um grande valor nutricional.  De acordo com a sabedoria popular, o mandacaru é capaz de tratar problemas renais.
Mandacaru
Flor do mandacaru
Fruto do mandacaru
Detalhe do fruto do mandacaru


PALMA FORRAGEIRA - característica da região Nordeste do Brasil, constituíndo importante base da alimentação do gado. É uma planta que desafia em grande parte as adversidades de um clima seco e árido, abrasador às vezes, prosperando ainda em meios arenosos, pedregosos, quentes, áridos e de escassa fertilidade. No Brasil, existem três tipos de palma   mas todas apresentam composição química semelhante. O  gado aprecia sobretudo a palma miúda e a palma grande. Estes cactos não têm espinhos. Geralmente, a palma não ultrapassa os 4 metros de altura. O seu tempo de corte pode variar de um ano e meio a três anos.
Palma forrageira

Flor da palma forrageira
Fruto da palma forrageira.
XIQUE-XIQUE - apresenta uma boa palatabilidade, sendo consumida em maiores quantidades nas épocas de seca quando escasseia o alimento para os animais. Desenvolve-se muito bem nos trechos mais secos e de solo mais raso das regiões semiáridas do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Pode ainda se multiplicar em regiões rochosas cobrindo áreas extensas.
Xique-xique
Flor do xique-xique

Fruto do xique-xique 
ACREDITE SE QUISER

Aos cactos são atribuídos poderes mágicos. Diz-se que, por viverem em regiões áridas e isoladas, ajudam as pessoas a conhecer a sua força interna em momentos de solidão. Pelo fato de os cactos armazenarem água (elemento que simboliza sentimentos e emoções) o mesmo favorece aqueles que se defendem muito das próprias emoções. Ter cactos por perto é um lembrete de vitalidade, persistência e integração com tudo o que está a nossa volta.
Aqui, encerramos a nossa série que me impressionou, particularmente, porque convivi com tudo isso sem prestar atenção na prodigalidade da natureza. É, portanto, um quase exercício de mea culpa  pela minha displicência. O que fizemos é um levantamento ínfimo diante da riqueza e diversidade com a qual convivemos sem prestar atenção. Muito material foi pesquisado via internet. Selecionei, entre os links pesquisados, alguns que muito me ajudaram.

(MLUIZA) 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BRAGA, Renato. História da Comissão Científica de Exploração. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha. 2004. 532p.

CAVALCANTE, Arnóbio. Cactos do semiárido do Brasil.: guia ilustrado. Campina Grande. INSA. 2013.  53p. Disponível em: https://portal.insa.gov.br/images/acervo-livros/Cactos do Semiárido do Brasil.
LEITE, Maria Jorge dos Santos; SANTOS, Hélio Jorge.  Coronéis e cambiteiros: história dos engenhos de rapadura de Jardim - CE. Recife. 2010. X Encontro Nacional de História Oral. UFPE. 2010. 17p. Disponível em: http://www.encontro2010.historiaoral.org.br/resources/anais/2/1266752022_ARQUIVO_ArtigoengenhodeJardim.pdf
LIMA, Bráulio Gomes deCaatinga: espécies lenhosas e herbáceas. Mossoró. UFERSA. 2012.  316p.
MAIA-SILVA, Camila et al. Guia de plantas visitadas por abelas na caatinga. Fortaleza. Ed. Brasil Cidadão . 2012. 99p. Disponível em:  http://www.mma.gov.br/estruturas/203/_arquivos/livro_203.pdf
Wikipedia 

A produção dessa série contou com a valiosa participação de Chico Farias, Federalina Quaresma, Gildaci Leandro, Gizeldina Macedo, Irma Macedo, Josenira Brasil, Lúcia Dore, Magna Gonçalves, Nilda Josué Alves, Pedro da Nóbrega Jorge, Vania Maria Rolim, José Ribeiro, Salete Vieira, Vanuza Brasil, Josecy Almeida e José Gomes de Holanda.

MLUIZA

RECIFE

27.05.2018

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