Na fila do elevador e de repente vejo uma aparição.
Chega uma mulher que parecia ter saído de um filme centro-americano. Cabelo na
cintura, cacheado e repicado, de um tom negro daqueles que você só
consegue se usar uma antiga tinta que vendia nas barracas de feira da minha
terra, era um pó e se chamava “Tinta Sol”. No rosto, uma maquiagem pesadíssima.
Olhos claros. Blusa decotada, seios fartos expostos num decote profundo. Um
colarzinho discreto pra realçar os peitos. Minissaia estampada e sandália
dourada com pedrarias. O conjunto era uma paleta de cores indescritível.
Uma composição que nem Salvador Dali seria capaz de imaginar. Ainda bem que
eram três horas da tarde.
A rua é tudo.
MLUIZA
Publicado no alagoinha.ipaumirim em 11.06.2015.
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