FONTE: CHAGAS, Maria Flaucineide Vieira & ROLIM, Raimunda Vieira. Em família. Edição do autor. Cajazeiras, 2004. pp. 19-21. |
Joaquim Félix Rolim, Joaca,
nasceu em Olho d’Água no dia 14 de maio de 1898, no mesmo dia do seu irmão. Em
1913, com 17 anos, por força da grande seca, mudou-se para o município de
Missão Velha, Sítio Missão Nova, em busca de trabalho junto a uns parentes que
residiam no Cariri. No engenho de Antônio Gonçalves, seu tio, um dos seus
primeiros trabalhos foi como cambiteiro. Do que ganhava para se manter,
retirava uma parte para pagar um professor de nome Róseo Fidelis, com quem
aprendeu as primeiras letras. Dotado de notável inteligência não recusava
qualquer atividade, foi mestre em diversas profissões: pedreiro, seleiro,
carpinteiro, sapateiro, fornalheiro e agricultor.
Como pedreiro, construiu várias casas, sendo reconhecido profissionalmente com a construção da igreja de Missão Nova, feita em alvenaria com longos arcos sem concreto armado, moldurados por cipós de São Caetano, com seis altares todos trabalhados á mão, projeto planejado pelo próprio Joaca, baseado no aspecto exterior da Basílica de São Pedro, em Roma, guardadas as devidas proporções. Por esta construção, Joaca recebeu o titulo honorífico de Engenheiro prático concedido pelo ex-Presidente da República, Getúlio Vargas.
Como pedreiro, construiu várias casas, sendo reconhecido profissionalmente com a construção da igreja de Missão Nova, feita em alvenaria com longos arcos sem concreto armado, moldurados por cipós de São Caetano, com seis altares todos trabalhados á mão, projeto planejado pelo próprio Joaca, baseado no aspecto exterior da Basílica de São Pedro, em Roma, guardadas as devidas proporções. Por esta construção, Joaca recebeu o titulo honorífico de Engenheiro prático concedido pelo ex-Presidente da República, Getúlio Vargas.
Construiu ainda o Colégio Santa Tereza, no Crato –
CE, por onde passaram milhares de alunos e também a Igreja da cidade de
Milagres – CE.
Foi presidente da Conferência de São Vicente, em
Missão Nova, juiz de paz, chefe político, vereador em duas legislaturas,
fazendeiro, etc..
Conhecido como o homem dos três P’s, “pedreiro, poeta e profeta”. Como poeta escreveu o um livro intitulado “Casos e cousas sertanejas”. Como profeta da chuva, atividade que nasceu de sua experiência com a vida, suas previsões e respectivos acertos são expressivos inclusive considerando índices não alcançados pelo Centro de Tecnologia Espacial do Ceará.
Casou-se com Antônia de Caldas Rolim, natural de Missão Nova. Dessa união tiveram 14 filhos sendo que três faleceram quando criança.
Madrinha Toinha, como era chamada pelos moradores de Vila Missão Nova, era considerada pelos serviços filantrópicos que prestava à comunidade. Experiente conhecedora das propriedades de ervas medicinais, era exímia no preparo de chás para cura das enfermidades que abatiam a população local.
Sendo Joaca Rolim, um senhor de engenho, oferecia trabalho temporário a muitos que lá chegavam por ocasião da moagem. Tinha uma média de 65 agregados com quem mantinha boas relações de amizade. Antes do seu falecimento, pediu aos filhos que deixassem seus moradores amparados. Seu filho, Dr. Antônio Rolim, doou a cada um deles uma tarefa de terra e 800m² ajudando na construção do condomínio de trinta casas construídas em alvenaria e servidas de água e luz, formando uma comunidade de aproximadamente 120 pessoa. O condomínio recebeu o nome de Condominio Nadir Soares Rolim, esposa de Dr. Antônio.
Conhecido como o homem dos três P’s, “pedreiro, poeta e profeta”. Como poeta escreveu o um livro intitulado “Casos e cousas sertanejas”. Como profeta da chuva, atividade que nasceu de sua experiência com a vida, suas previsões e respectivos acertos são expressivos inclusive considerando índices não alcançados pelo Centro de Tecnologia Espacial do Ceará.
Casou-se com Antônia de Caldas Rolim, natural de Missão Nova. Dessa união tiveram 14 filhos sendo que três faleceram quando criança.
Madrinha Toinha, como era chamada pelos moradores de Vila Missão Nova, era considerada pelos serviços filantrópicos que prestava à comunidade. Experiente conhecedora das propriedades de ervas medicinais, era exímia no preparo de chás para cura das enfermidades que abatiam a população local.
Sendo Joaca Rolim, um senhor de engenho, oferecia trabalho temporário a muitos que lá chegavam por ocasião da moagem. Tinha uma média de 65 agregados com quem mantinha boas relações de amizade. Antes do seu falecimento, pediu aos filhos que deixassem seus moradores amparados. Seu filho, Dr. Antônio Rolim, doou a cada um deles uma tarefa de terra e 800m² ajudando na construção do condomínio de trinta casas construídas em alvenaria e servidas de água e luz, formando uma comunidade de aproximadamente 120 pessoa. O condomínio recebeu o nome de Condominio Nadir Soares Rolim, esposa de Dr. Antônio.
A preservação do nome do patriarca Joaca Rolim é
reavivada anualmente, em janeiro, durante três dias de festas reunindo-se mais
de 300 membros descendentes na casa grande, em Missão Nova.
Fonte: CHAGAS, Maria Flaucineide Vieira & ROLIM, Raimunda Vieira. Em família. Edição do autor. Cajazeiras, 2004. pp. 19-21.
Fonte: CHAGAS, Maria Flaucineide Vieira & ROLIM, Raimunda Vieira. Em família. Edição do autor. Cajazeiras, 2004. pp. 19-21.
NOTA:
1.
Diz a História que em 1725 sobreveio uma grande
seca - atingindo a Missão dos Cariris Novos, atual cidade de Missa Velha -
inviabilizando as construções, por falta de água. Intuitivamente, os
colonizadores procuraram as proximidades da sanefa esverdeada da Chapada do
Araripe e encontraram um riacho de águas constantes. Ficava onde hoje se
localiza a vila de Missão Nova. Ali, ao lado esquerdo do riacho, ainda perene
nos dias atuais, construíram, em louvor de Santo Antônio, a primeira igreja
católica do Cariri. Presume-se que a capela primitiva foi concluída por volta
de 1735. De 1928 a 1933, Joaquim Felix Rolim (Joaca Rolim), misto de senhor de
engenho e competente pedreiro, decidiu reconstruir a atual e ampla Capela de
Missão Nova, sobre os escombros do primitivo templo.
Fonte:
http://opovo.uol.com.br/opovo/colunas/cariri/694673.html
Coluna: Cariri. Puros de origem Tarso Araújo. 12 Mai 2007
Coluna: Cariri. Puros de origem Tarso Araújo. 12 Mai 2007
Publicado no alagoinha.ipaumirim em 22.03.2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Respeitar sempre.