Uma vez, seu Alberto me contou um episódio que
aconteceu em Cedro e que eu lembrava só um pedacinho do final do verso. Virei
mundos e fundos buscando por esse pedacinho recuperar o verso e o contexto onde
ele se insere.
Acabei encontrando num artigo de Barros Alves
publicado em http://www.oestadoce.com.br/noticia/mocas-da-vaca-braba na página
de Opinião. O texto chama-se As moças de vaca brava onde o autor conta uma
anedota publicada por Padre Antonio Vieira, nascido em Várzea Alegre, no seu
livro Sertão Brabo.
Transcrevo para vocês um recorte de texto do artigo
com o verso que procurei durante muito tempo.
(...) em Cedro, município do centro-sul do Ceará,
existe uma localidade chamada Vaca Brava, mesmo nome do rio que banha a cidade.
Certa feita, um morador do lugar convidou uma dupla de cantadores para realizar
uma cantoria na residência dele. Simultaneamente, um vizinho inventou de fazer
um forró. À noitinha tome verso e viola e nada de ninguém aparecer para ouvir
os cantadores. Todo mundo passava para ir balançar o esqueleto no “samba” do
vizinho. Então, um dos cantadores, já amuado com a situação, resolveu provocar:
As moças da Vaca Braba
São todas doidas por dança,
Se abufelam com os rapazes
Juntando pança com pança,
Nunca vi uma vaca braba
Ter tanta garrota mansa.
Fonte:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/mocas-da-vaca-braba
MLUIZA
Publicado no alagoinha.ipaumirim em 20.08.2014
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