MLUIZA |
Muita gente não
consegue imaginar a força que tem um conjunto de coisas simples e fundamentais
na definição do destino. Talvez por serem óbvias e façam parte do nosso dia a
dia acabam se misturando com outras situações rotineiras que nunca chamam a
atenção. Entre estas coisas, a importância e a responsabilidade das escolas na
formação dos nossos filhos no que diz respeito a sua preparação para a
cidadania e para o compartilhamento do conhecimento como um bem a que todos
temos direito.
Eu sempre reclamo
porque as pessoas com quem converso não percebem a diferença que fez o Colégio
XI de Agosto na abertura de oportunidades para o nosso município. É
indiscutível que foi a escola a principal responsável pela mudança do nosso
perfil de migrante. Nunca agradeceremos o suficiente aos que bravamente
tornaram esta realidade possível.
Não fui aluna do XI
de Agosto, saí muito cedo de IP. Mas fui aluna do Grupo Escolar D. Francisco de
Assis Pires onde aprendi a ler e estudei os meus primeiros anos. Na época, até
o penúltimo ano do primário. No ano do antigo admissão, porta de entrada para o
ginásio, saí e nunca mais voltei a estudar em IP. Até hoje os meus olhares para
o passado me remetem a importância que esta escola teve na minha vida. Não
existiria o depois se ela não tivesse me preparado. Naquela época, uma educação
diferenciada era vista como um plus, não como um direito de todos.
Foi o XI de Agosto que
rompeu - em nossa cidade - esta barreira cruel abraçando o maior desafio e
trazendo a todos a oportunidade de avançar além do curso primário que o velho
grupo nos oferecia. O XI de Agosto foi emblemático não só porque
trouxe novas oportunidades, mas também porque mostrou que uma construção
baseada na solidariedade e no atendimento da coletividade traz frutos positivos
que se multiplicam indefinidamente por muitas gerações. É outro espírito, outra
proposta. Rica, desafiadora e gratificante.
Os novos tempos
muito mais complexos continuam a desafiar a nossa capacidade para ingressar no
mundo do conhecimento. As nossas escolas precisam acompanhar esse movimento. E
acredito que a despeito das dificuldades enfrentadas elas têm atuado com muita
coragem e ousadia na formação dos seus alunos. E não fosse a desgraceira que a
politicagem local faz quando quer imprimir suas podres marcas na rotina das
escolas, acredito que estariam ainda bem melhores.
Uma escola é um
trabalho coletivo. A luta pela reciclagem dos professores, pelas condições de
trabalho, pela integração da comunidade no esforço comum de levar adiante um
projeto maior é que vai definir para onde vai a escola e para onde vão os
nossos filhos.
A comunidade precisa
apoiar as escolas, incentivar seus filhos e filhas para o aprendizado da
cidadania. A presença do poder público é fundamental e sempre bem-vinda quando
chega para incentivar e facilitar o processo de qualificação das escolas.
Faz-se necessário
abrir canais de comunicação entre os diversos segmentos da nossa comunidade
para que cada um de nós possa trabalhar juntos aos demais pelo interesse comum.
Estratégias não faltam, talvez falte a iniciativa de buscar alternativas
diferenciadas para estabelecer metas mais ousadas na qualificação dos nossos
professores e estudantes. Precisamos lutar para nos tornar referência regional
do ensino público.
Eu gosto de ver as
coisas coletivamente, mas é preciso valorizar e mostrar que é possível ser do
Ipaumirim, estudar no Ipaumirim e percorrer caminhos que estão no topo do
conhecimento da educação formal.
Acho que é isso que
o Jaime traz para nós. Mais um exemplo da importância de preparar bem os nossos
jovens. Não apenas para saber ler mas para aprender a reconhecer e valorizar os
seus próprios méritos investindo nos melhores caminhos.
Jaime Ribeiro Filho,
nasceu no dia 26/02/1986 no sítio São Vicente, zona rural do município de
Ipaumirim-CE. Iniciou os estudos no Centro Educacional XI de Agosto e concluiu
o ensino fundamental na escola de ensino fundamental e médio Dom Francisco de
Assis Pires. Prestou seleção para o CEFET-PB (atual IFPB) da Cidade de
Cajazeiras, onde foi aprovado e cursou todo o ensino médio (2001-2004). Em
2004, prestou vestibular para o curso de graduação em Farmácia da Universidade
Federal da Paraíba (Campus de João Pessoa) e foi aprovado. Durante os quatro
anos de graduação, participou de diversos projetos envolvendo ensino, pesquisa
e extensão universitária. No sexto período da graduação, entrou para o
laboratório de imunofarmacologia, onde passou a investigar o efeito de plantas
e fármacos, em doenças envolvendo respostas imunológicas, como a asma e a
inflamação. Após concluir a graduação, Jaime ingressou no mestrado do Programa
de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos na área de
Farmacologia na própria UFPB, tendo desenvolvido seu projeto no laboratório de
Imunofarmacologia. Parte do seu mestrado foi desenvolvido na Fundação Oswaldo
Cruz na cidade do Rio de Janeiro (FIOCRUZ-RJ), por meio de uma colaboração entre
UFPB e FIOCRUZ. Em fevereiro de 2011, Jaime recebeu o título de mestre em
farmacologia pela UFPB. Mas antes, em outubro de 2010, ainda no mestrado, Jaime
foi aprovado para o doutorado do Programa de Pós Graduação em Biologia Celular
e Molecular da FIOCRUZ-RJ, na área de Imunologia e Farmacologia. No dia 22 de
novembro de 2013. (Federalina Quaresma,
via facebook)
Parabéns, Jaime. Que o seu sucesso estimule os nossos jovens a vencer barreiras e a construir um futuro melhor para todos. Parabéns as nossas escolas que iniciaram sua preparação. Parabéns aos seus pais que acreditaram em você.
Parabéns, Jaime. Que o seu sucesso estimule os nossos jovens a vencer barreiras e a construir um futuro melhor para todos. Parabéns as nossas escolas que iniciaram sua preparação. Parabéns aos seus pais que acreditaram em você.
O nosso blog fica
muito contente com o sucesso dos nossos conterrâneos quando construído na base do esforço, da
coragem e da dedicação.
MLUIZA
Publicado no
alagoinha.ipaumirim em 24.11.2013
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