IPAUMIRIM, PARA QUÊ TE QUERO?



MLUIZA
Depois de vinte dias sem computador, finalmente volto ao blog. Se contar o tempo que ele deixou de funcionar razoavelmente vai para pouco mais de um mês que ando no lenga-lenga virtual. Quantas coisas aconteceram neste curto intervalo de tempo. Do ponto de vista do blog, atrasei a publicação sobre as obras de infraestrutura realizadas pelos prefeitos de IP ao longo da curta história da nossa cidade.
Recebi - via e-mail - fotos, indicações de arquivos e algumas cobranças instigando o nosso posicionamento em relação aos fatos políticos ocorridos em Ipaumirim. As fotos e indicações de arquivo irei publicando aos poucos. Não são urgentes. Quanto aos fatos turbulentos ocorridos em IP, mesmo que estivéssemos funcionando normalmente, não os publicaria porque além de ser um tipo de notícia desabonadora que depõe contra a imagem do município, é um material jornalístico que encontra abrigo em segmentos de mídia especializados em coberturas do gênero.
Qualquer sujeito, minimamente informado e razoavelmente inteligente, sabe que todo período eleitoral é um cenário propício a comportamentos e atitudes inadequadas aos salões ainda que sejam os mais simples. Acredito mesmo que as pessoas sensatas envolvidas no episódio, com o tempo se sentirão envergonhadas porque não gostariam de ter sua imagem vinculada a situações constrangedoras para não dizer deploráveis.
A desmoralização da estrutura formal do poder público representado naquele momento pela Câmara de Vereadores foi um ato de desrespeito, anarquia e violência e não de reivindicação e civilidade. Feio, muito feio. Mais feio ainda porque tocado por interesses politiqueiros em que o povo, diga-se o eleitor, é literalmente manipulado como lenha para alimentar o fogo dos desejos e projeções de objetivos absolutamente eleitoreiros.
Pobre povo que não compreende que o cerne da disputa longe está das suas necessidades. Pobre Câmara de Vereadores composta por partidos e guetos políticos que nunca tiveram um programa ideológico e cuja sobrevivência se alimenta da distribuição de cargos, poder e prestígios efêmeros que na maioria das vezes não sobrevivem sequer a uma legislatura, vítimas que são da própria fragmentação e intrigas no seu interior. Pobre cenário político que funciona a mercê do empreguismo, do favoritismo e da falta de princípios claros e firmes.
Mais do que eleições, Ipaumirim precisa de uma carta de alforria.
É o que penso.
MLUIZA
Publicado no alagoinha.ipaumirim em 01.04.2012

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