MLUIZA |
Visitando o Portal de Ipaumirim, vi duas notícias
que acho que vale a pena comentar.
Antes, quero parabenizar pelo esforço de
atualização e a seriedade com que estão trabalhando. O elogio não vai porque
terei uma coluna no site, mas pelo trabalho cuidadoso da equipe de produção.
A primeira observação é sobre a visita do
vice-governador ao município. Qual a motivação da ilustre visita? Então o vice
passa na cidade e os munícipes nem sabem a que ele veio?
Não acredito que um vice venha em pic nic ou viagem
de lazer a IP. Pelo que conheço, além da festa de São Sebastião, não há eventos
turísticos que justifiquem a visita. Algo o professor veio fazer e a comunidade
merece ser informada. Alianças futuras talvez? Visita de cortesia, será? Algum
parente pela cidade? Se veio por motivo particular, não há razões para se
cobrar uma explicação. O direito de ir e vir é garantido a todos pela
Constituição. Mas se veio como vice governador, deve ter vindo tratar de algum
assunto de interesse da comunidade.
Observar a buraqueira das estradas não deve ter
sido porque, segundo a notícia, o professor afirmou que o assunto não é de sua
competência. Talvez não seja mesmo. Afinal nunca se sabe as competências de um
vice. Acho que é esta a razão da expressão - ”a ociosidade é a mãe de todos os
vices - ” parafraseando a frase original que diz que “a ociosidade é a mãe de
todos os vícios”.
O certo é que esta buraqueira nas estradas não é novidade. Até desconfio que seja estratégia dos políticos refazê-las sempre em períodos de campanha eleitoral. E aí vai o resumo da ópera: bota uma terrinha , remexe pra lá e pra cá, um pouco de piche, paga bem as empreiteiras que vão fazer o serviço e, de repente, reinaugura a fantasia rodoviária em algum comício. Dá pra aguentar até o fim do processo eleitoral e o começo do inverno no ano seguinte se a chuva for pouca. Para um município improdutivo isso já é o máximo. Como não tem produção para escoar vai apenas servir para corredor de eleitor. É cruel mas alguém pode provar o contrário?
O certo é que esta buraqueira nas estradas não é novidade. Até desconfio que seja estratégia dos políticos refazê-las sempre em períodos de campanha eleitoral. E aí vai o resumo da ópera: bota uma terrinha , remexe pra lá e pra cá, um pouco de piche, paga bem as empreiteiras que vão fazer o serviço e, de repente, reinaugura a fantasia rodoviária em algum comício. Dá pra aguentar até o fim do processo eleitoral e o começo do inverno no ano seguinte se a chuva for pouca. Para um município improdutivo isso já é o máximo. Como não tem produção para escoar vai apenas servir para corredor de eleitor. É cruel mas alguém pode provar o contrário?
Quem vive de favores, tem que se contentar com o
que vem e o que vem é sempre a sobra da politicagem que não chega na hora certa
e nem resolve os problemas.
E mesmo que o vice tenha vindo de carro, o único
problema é o desconforto da viagem. É até saudável que os políticos, vez por
outra, desçam do Olimpo para ver como é a vida normal. Quanto ao desgaste do
carro, não é problema. Quem vai pagar a manutenção é você.
A outra notícia que quero comentar rapidinho é
sobre os cemitérios de IP que já não apresentam condições de abrigar mais
gente. O velho - Santa Terezinha - é um horror. Parece um cortiço. Cada um foi
abrindo covas e construindo túmulos onde queria. Não há corredores delimitados,
não tem circulação definida, não sei como a saúde pública deixa funcionar
normalmente. A última vez que estive lá foi quando meu pai faleceu. Fiquei
impressionada com a desorganização. O correto seria preservar o que já está
feito e desativá-lo durante muitos anos ou talvez para sempre.
Quanto ao mais novo, eu seria injusta se fizesse um
comentário tão cáustico porque faz muitos anos que estive lá. Faço observações
porque tenho escutado comentários que ele também já não é suficiente e começou
o processo de desorganização espacial por superlotação.
Acredito que os nossos mortos merecem melhor
destino. Quem sabe a comunidade se organiza e propõe novas alternativas ao
poder público. Depois de Odorico Paraguassu, creio que nenhum prefeito quer
associar sua imagem à construção de um cemitério. Mas os prefeitos passam e as
lembranças dos nossos entes queridos ficam. É justo e necessário que lhes
ofereçamos um espaço decente onde as visitas possam ter um mínimo de tranquilidade e conforto.
MLUIZA
Publicado no alagoinha.ipaumirim em
01.11.2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Respeitar sempre.