"Quando pensamos que "houve"
um tempo nos enganamos.
O tempo sempre haverá."
um tempo nos enganamos.
O tempo sempre haverá."
Não, não é um pit stop para um
exame de consciência. Não é uma cobrança de coerência de propósitos. Não é releitura.
Não é retorno nem espelho. Foi o tempo que passou. Contra ou a favor do passado
nada se pode fazer. O passado é apenas uma referência. Passou, está congelado. A
única forma de redimi-lo é aprender com os erros e fazer diferente o presente e
o futuro.
E nessa perspectiva da
impossibilidade de interferência sobre o que já não é restam as lembranças que
nada mais são do que formas de visitar o passado. Não vejo isso como saudade. Saudade é uma
expressão de como o sentimento interpreta o passado. Nem sempre é um parâmetro
saudável para analisar mudanças e permanências.
Mexendo no alagoinha.ipaumirim encontrei a cobertura da
Festa de São Sebastião do ano 2008. Como
ando tentando produzir um repositório virtual de textos que considero
interessantes fui buscar no meu antigo blog o que eu acho que pode ser
republicado. Mas a perspectiva não é a mesma. Ela avança como uma proposta de
espaços para textos que não encontram abrigo
nos sites convencionais. Eu definiria essa proposta como um encontro de
sensibilidades. Nessa perspectiva a memória também encontra seu abrigo.
Escolhi esta cobertura como ponto
de partida desse novo trabalho. Dez anos parecem nada mas tanta coisa aconteceu
nesse intervalo de tempo. Entre perdas e ganhos, restamos nós enquanto sobreviventes
de nós mesmos. Não importa se mais ricos ou mais pobres mas, com certeza,
diferentes do que éramos há 10 anos atrás.
Fiz uma edição do texto para
reduzir a extensão.
ML
(11.01.2018)
Pedra de São Sebastião pintada por Salim, artista popular
(Imagem capturada da internet, não sei de onde)
RESENHA DA FESTA DE SÃO SEBASTIÃO
- IPAUMIRIM - CEARÁ –
Ano 2008
A festa não foi perfeita mas foi superior ao ano
passado, o que mostra a capacidade coletiva de superar dificuldades, receber
bem os visitantes e produzir um evento com programação intensa, muita gente e
ambiente tranquilo. Com uma maior diversidade de opções de lazer, a cidade atendeu
melhor às expectativas dos visitantes. Em que pese o estigma de ano eleitoral, as
diferenças não conseguiram destruir a festa.
Conversando com o pároco, líderes e pessoas da comunidade, observamos um clima favorável que permite ousar mais na próxima festa. Precisamos profissionalizar este evento, colocá-lo no calendário dos eventos culturais, procurar inscrevê-lo no registro Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, trabalharmos com o conceito de turismo religioso que é mais amplo e encontra canais de financiamento nos programas de governo.
Como todo blog tem essa natureza autoral, as minhas observações são apenas minhas. Não são únicas, não pretendem ser a verdade universal e nem excluem outras formas de perceber as coisas. Vale dizer que não tenho pretensões políticas, não sou candidata a nada, não tenho preferências partidárias ou eleitorais. Transferi meu título há muitos anos porque me cansei da mesmice mas, pessoalmente, gosto de todo mundo embora não me conforme com o fiasco da política local e dos seus métodos que, de resto, são bastante antiquados. Ainda não perdi a utopia de que no dia que a comunidade quiser, as coisas podem melhorar.
ATIVIDADES
RELIGIOSAS E/OU PAROQUIAIS
As procissões, de uma maneira geral, estão
crescendo muito. No dia 11, no início da festa, na busca do santo na Pedra de
São Sebastião, a procissão principal no dia 20 e no dia 21 quando novamente o
santo volta ao seu lugar de origem.
Dia 19
foi dia de casamentos. Há tempos eu não via tantos casamentos reunidos numa
única cerimônia. Lembrei dos antigos casamentos em roda que vi quando era
criança. anos.
As novenas e missas estão cada vez mais concorridas e, acredito eu, se não fosse o calor insuportável dentro da igreja, muito mais gente participaria. Da calçada, pode-se observar a movimentação dos que entram, fazem suas orações mas não esperam pela cerimônia religiosa. Uma medida muito boa foi proibir o estacionamento no largo da igreja na hora da procissão.
As novenas e missas estão cada vez mais concorridas e, acredito eu, se não fosse o calor insuportável dentro da igreja, muito mais gente participaria. Da calçada, pode-se observar a movimentação dos que entram, fazem suas orações mas não esperam pela cerimônia religiosa. Uma medida muito boa foi proibir o estacionamento no largo da igreja na hora da procissão.
A visitação da capelinha no alto da Pedra,
principal ponto de romaria, impressiona pela quantidade de romeiros que aumenta
a cada ano. Caminhões, caminhonetes, paus de arara, vans, ônibus, motos e velhos
automóveis misturam-se aos carros importados estacionados desordenadamente nas
ruas da cidade.
O calor intenso e o vai e vem da multidão, subindo
e descendo a Pedra, mostra que as obras de infraestrutura, construídas na
Prefeitura de Dr. Miraneudo que deram uma grande contribuição à romaria em
termos de segurança e conforto, já precisam ser ampliadas para dar mais fluidez
ao tráfego de pessoas.
No acesso antigo a subida é muito mais complicada e
íngreme comprometendo a segurança dos romeiros que estão sujeitos ao limo
escorregadio quando, por acaso, dá uma chuvinha para refrescar o clima.
A cobertura
do altar no alto da Pedra simplesmente caiu. Para completar a sensação de
desleixo e abandono, tem aquela estátua branca, feia, mal feita e fora de
propósito. A Pedra de São Sebastião não tem nada a ver com Dr. Arruda e
acredito que o próprio, um homem bem apessoado e simpático, se sentiria
profundamente ofendido sendo representado por aquele desastre estético. Ainda
tem a antena da telefonia mas podemos considerá-la como uma licença à
tecnologia da informação sem a qual é impossível viver em nossos dias.
Se a partir do Arco dos Filhos e Amigos, a poeira é
insuportável, antes dele, desorganização do comércio ambulante é um desastre.
Chapéus, artigos de plástico, bonecos de gesso, bancas de jogo caipira, fitas,
lembranças, CDs e DVDs e outras quinquilharias tomam conta da passagem já
estreita por conta da instalação do maltratado parque de diversões. A criançada
fica exposta ao sol e aos inseguros e precários brinquedos esperando que a
lotação se complete. Eu fico me perguntando se existe alguém na cidade
responsável pela fiscalização e segurança do parque de diversões ou se é só São
Sebastião que toma conta daquela temeridade. Ainda bem que o santo é forte e
até hoje não há registro de acidentes sérios. Aproveito para lembrar que o
poder público responsável pelo alvará de funcionamento é também diretamente
responsável por tudo que venha a acontecer por ali.
Aquela área precisa ser transformada num ambiente
mais agradável para o turista. Construção de quiosques, galpões, alguma coisa
que permita o visitante ser tratado decentemente. Um local de pausa na
caminhada onde se pode ficar um pouco à sombra para seguir adiante. Quem sabe, abrir
um espaço para exposições de artesanato, barracas organizadas com comidas
regionais aproveitando a chance de propiciar, além da divulgação de produtos
regionais, um mercado temporários para estimular novas atividades e fonte de
renda.
Seria interessante urbanizar e ordenar aquele
espaço buscando outro lugar para o comércio e o parque que dificultam a entrada
no corredor que dá acesso à Pedra.
Por acaso, eu viajei com um cidadão de Ipaumirim, oficial da Aeronáutica, residente em Manaus que veio para a festa. Ele elogiou bastante e chamou-me a atenção para a importância da distribuição de água no trajeto. Valeu a observação. Parabéns a Aucy e a quem mais teve essa ideia. São pequenas iniciativas que contribuem para melhorar a festa. É claro que com o aumento da visitação, elas precisam tomar outra dimensão para atender a demanda mas, por enquanto, já mostram que aos poucos nos damos conta que pequenas ações podem ter um resultado positivo.
Por acaso, eu viajei com um cidadão de Ipaumirim, oficial da Aeronáutica, residente em Manaus que veio para a festa. Ele elogiou bastante e chamou-me a atenção para a importância da distribuição de água no trajeto. Valeu a observação. Parabéns a Aucy e a quem mais teve essa ideia. São pequenas iniciativas que contribuem para melhorar a festa. É claro que com o aumento da visitação, elas precisam tomar outra dimensão para atender a demanda mas, por enquanto, já mostram que aos poucos nos damos conta que pequenas ações podem ter um resultado positivo.
Já melhoramos bastante com a instalação dos
banheiros químicos, com o atendimento emergencial de saúde, mas ainda estamos
longe dos equipamentos básicos que podem dar sustentação a eventos dessa
amplitude.
Uma festa tão grande não se organiza na véspera, a
improvisação é o pior cartão de visitas. As lideranças da comunidade precisam
se entender, refletir e buscar alternativas se quiserem entrar por algumas possibilidades
de financiamento que demandam planejamento, ações e avaliação, naturalmente
acompanhados de uma convincente prestação de contas.
ACRI
A
Associação Cultural e Recreativa de Ipaumirim (ACRI) melhorou muito a programação
produzindo seus eventos com planejamento prévio. O VI Encontro de Filhos e
Amigos de Ipaumirim obedeceu à programação e atendeu às expectativas. Fez o que
prometeu. Isso é bom porque dá credibilidade, legitima a entidade e mostra que
respeito é bom e todo mundo gosta.
A missa
A missa celebrada pelo bispo diocesano do Crato, D.
Fernando Panico, e o vigário local, Padre Ranilson, teve a participação da
comunidade também na leitura dos textos e orações. Meia-noite, no intervalo da
festa dançante, a comunidade abraçou a Matriz simbolizando a importância da fé,
da solidariedade e da união de todos na construção de melhores tempos. Foi um
momento muito bonito porque a comunidade se deslocou da festa, na praça ao
lado, para o grande abraço coletivo.
O baile
Muita gente, animação e carnaval no
tradicional baile que ocorreu na Praça Coronel Luiz Leite da Nóbrega, ao lado
da Igreja Matriz.
No baile,
foi protagonizado o acontecimento mais insólito e prosaico, ou, como dizem os
mais jovens, o maior mico da festa. Vou compartilhar com vocês esse episódio
tragicômico, digno das novelas de Dias Gomes. A conterrânea e artista plástica Zélia
Gonçalves, filha de Manu Gonçalves, pintou um quadro muito bonito e entregou a
Zenira, diretora social da ACRI, para ser leiloado. O valor arrecadado seria
dividido entre a entidade e a paróquia. Na hora do leilão, o quadro foi
exposto, de mesa em mesa, enquanto Carlos Zabumba ordenava o pregão. Em
determinada mesa, tinha uma mulher (juro que não sei quem é) que, segundo
dizem, estava bebiiiiiiiinha, e cobria toda oferta. Quando bateu o martelo, a
famosa arrematante disse que o seu lance foi dez reais a menos e, portanto, não
ia pagar. Aí, de repente, eu entendi porque faltou bebida na festa. A prefeita
de Orós, filha de Ipaumirim, para sanar a situação e resolver o impasse,
decidiu comprar o quadro. Deixaram a obra junto da orquestra e na hora de entrega-la
para a compradora, cadê o quadro? Enquanto todo mundo brincava o carnaval, o quadro S U M I U.......... até hoje ninguém
sabe onde foi parar. Prejuízo da ACRI e da Igreja.
No mais, a festa foi ótima. Mas como nada é
perfeito, faltou cerveja – o que é imperdoável – e foi preciso a ACRI sair
correndo para providenciar de última hora. A cerveja chegou mas foi um freio na
animação da festa. Outro problema foi a distribuição das mesas que deveria ter melhor
aproveitado o espaço disponível. Embora a praça estivesse lotada, havia
condições para uma distribuição mais adequada. Ficaram espaços vazios, as mesas
muito próximas e o serviço de bar foi comprometido tanto pela falta de
planejamento na quantidade de bebidas quanto pela dificuldade de circulação.
Nada disso atrapalhou a animação da festa, mas é preciso atentar para esses
pequenos detalhes e inclusive melhorar a qualidade das mesas e cadeiras porque
tinham algumas um pouco danificadas pelo uso. Acredito que estabelecer
critérios com antecipação para a organização do serviço de bar ajude bastante.
Também senti falta de alguns petiscos para tira-gosto. Tinha uma barraca grande
mas acabou desarmada na hora da festa. Quem sabe, padronizar pequenas barracas
em locais estratégicos ajude um pouco a suprir essa demanda no próximo ano.
Tudo foi muito bom e ocorreu com muita tranquilidade.
Rever os amigos e ver famílias inteiras divertindo-se naquele clima amistoso e
alegre foi precioso. Parabéns aos organizadores.
Câmara Municipal
de Ipaumirim
A solenidade de entrega de títulos de Sócio
Benemérito (Jarismar Gonçalves Melo, Sílvia Paula Alencar Diniz e Auxiliadora
de Souza) e Honra ao Mérito (Francisco de Assis Mangueira, Paulo Alves e Pedro
da Nóbrega Jorge) foi bastante concorrida. Estavam presentes a diretoria da
ACRI, o prefeito da cidade, o presidente da Câmara, o juiz, o padre,
convidados, familiares dos homenageados e várias pessoas. A organização do
cerimonial teve a assessoria de Dr. Franklin Santos, Assembléia Legislativa de
Pernambuco, e tudo decorreu conforme o previsto. Muito bonita a voz do rapaz
(não sei o nome) que cantou o hino do município (letra de Alberto Moura e
música do maestro Rivaldo). Logo a seguir, o coquetel farto e bem servido
agradou a todos.
A Câmara parece ter estrutura e instalações
para ar condicionado. Mas só parece porque, se tem, não funciona. O calor
insuportável deixa todo mundo incomodado. Eu fiquei imaginando como se podem
discutir detalhes importantes de algum projeto de interesse no município
naquele calor de crematório. Vai ver que é por conta disso que o povo não vai
assistir as reuniões e, portanto, não sabe como se traçam e se tramam os
destinos do município. Com todo respeito que tenho pelo legislativo, uma boa
ONG embaixo da sombra de um juazeiro tem muito mais conforto para discutir
questões polêmicas e enfrentar embates com vontade e garra que nossos vereadores
naquela estufa. Quem sabe climatizando o ambiente, a cabeça esfria, as
discussões podem até ser mais produtivas e o povo, por sua vez, se interesse
mais em estar próximo das questões municipais. Estando mais próximo, escolherá
representantes legítimos e comprometidos com os interesses da comunidade. E por
falar em Câmara, a frente da prefeitura está bem acabadinha e suja.
Apresentações musicais
No dia 19, a banda Os
magnatas que tocou na praça da igreja ficou literalmente entregues a seu
destino artístico e tocou para uma praça vazia. Não tinha mesa, a barraca de
bebida estava desarmada, o pessoal que não estava interessado nas músicas mais
modernosas ficou sem ter para onde ir. Desperdício de dinheiro e desatenção com
os artistas. Depois, os poucos que assistiam foram embora porque não tinha
ambiente de festa. Sempre tem gente que gosta de ficar na praça por conta do
calor. Custava pouco colocar as mesas e servir alguma coisa. Afinal a estrutura
já estava lá.
Cultura popular
I Grande Festival de Desafios e Poesia Popular de Ipaumirim, patrocinado pelo vice-prefeito Leylton Nery, aconteceu na Blitz, no dia 20 de janeiro, apresentando vários cantadores da estirpe de Geraldo Amâncio. Bastante concorrido e prestigiado pelos amantes da cultura popular em toda a região, os comentários foram elogiosos. Mais uma iniciativa de valorização da cultura popular que poderia continuar no próximo dia 20.01.2009 com a segunda edição.
I Grande Festival de Desafios e Poesia Popular de Ipaumirim, patrocinado pelo vice-prefeito Leylton Nery, aconteceu na Blitz, no dia 20 de janeiro, apresentando vários cantadores da estirpe de Geraldo Amâncio. Bastante concorrido e prestigiado pelos amantes da cultura popular em toda a região, os comentários foram elogiosos. Mais uma iniciativa de valorização da cultura popular que poderia continuar no próximo dia 20.01.2009 com a segunda edição.
Lançamento de livros
Dia 18 – Lançamento
do livro A arte da poesia,
do radialista Cícero Pereira dos Santos. É a segunda vez que a ACRI abre espaço
para estimular talentos literários no contexto da festa. O mais foi festa,
muita festa.
Dia 19 - Luma
Dore lançou, dia 19, o II volume do livro "Filhos e Amigos de Ipaumirim”,
às 19 horas, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ipaumirim. Em destaque:
os filhos que voltaram á casa paterna: Fátima Josué, Vianor, Macial Olímpio e
Luiz Nery (Lila) e os amigos Luiz Carlos, Olavo de Lima entre outros que
prestaram serviço à nossa terra. O livro homenageia (in memorian) Dino Diniz,
político do município, Dona Mirô, comerciante, e Sidney Ernane Dore,
farmacêutico. O lançamento contou com a presença de Bosco Macedo e Edirceu
Freitas. Luma Dore publica no site www. recantodasletras.uol.com.br
Blitz
A Casa de Shows Blitz ofereceu uma programação mais voltada para a turma jovem com várias bandas de forró. Muita animação, muita gente bonita e muito clima para ficar. Haja pegação!!!
A Casa de Shows Blitz ofereceu uma programação mais voltada para a turma jovem com várias bandas de forró. Muita animação, muita gente bonita e muito clima para ficar. Haja pegação!!!
Toca do
Jia
Ponto de encontro tradicional na cidade, a Toca, point de animação e cerveja gelada, ofereceu opções de divertimento aos visitantes.
Ponto de encontro tradicional na cidade, a Toca, point de animação e cerveja gelada, ofereceu opções de divertimento aos visitantes.
Churrascaria
Tapetão
Ofereceu uma programação alternativa durante algumas noites.
Ofereceu uma programação alternativa durante algumas noites.
PRAÇA SÃO
SEBASTIÃO
Point preferencial dos jovens antes das festas começarem. Muita animação e alegria. O único problema é o barulho excessivo que começa cedo, muito antes da juventude chegar. Observei, num dos dias, que o som começou por volta de três da tarde quando o pessoal se reúne de noite. O município precisa disciplinar a poluição sonora da cidade. O som da Praça São Sebastião precisa ter horário para começar e terminar. Afinal, vivemos no século XXI, tempo em que a maioria do mundo civilizado já disciplinou o uso do espaço público e estabeleceu regras saudáveis de convivência e civilidade. Quem sabe, pode-se baixar alguma norma determinando o volume máximo no espaço público e isso vale para todo mundo. Quem vive entre a difusora da igreja e a Praça São Sebastião deve estar com a audição comprometida.
Point preferencial dos jovens antes das festas começarem. Muita animação e alegria. O único problema é o barulho excessivo que começa cedo, muito antes da juventude chegar. Observei, num dos dias, que o som começou por volta de três da tarde quando o pessoal se reúne de noite. O município precisa disciplinar a poluição sonora da cidade. O som da Praça São Sebastião precisa ter horário para começar e terminar. Afinal, vivemos no século XXI, tempo em que a maioria do mundo civilizado já disciplinou o uso do espaço público e estabeleceu regras saudáveis de convivência e civilidade. Quem sabe, pode-se baixar alguma norma determinando o volume máximo no espaço público e isso vale para todo mundo. Quem vive entre a difusora da igreja e a Praça São Sebastião deve estar com a audição comprometida.
ENCONTRO
DE FAMÍLIAS
Durante o evento, algumas famílias aproveitaram
para realizar seus encontros anuais. Entre outros, a Família Gonçalves realizou
seu III Encontro e as famílias Nóbrega e Jorge se reuniram, como todos os anos,
informalmente, na residência de Socorro Duarte, em noite de muita animação e
brincadeira. Todo mundo se divertiu.
A CIDADE ALÉM DA FESTA
POLÍTICA
LOCAL
As lideranças políticas discutem os arranjos e acordos possíveis. Todo acordo é
a favor dos políticos e contra os eleitores. Onde tem acordo não tem
compromisso com a comunidade. Acordo político é perversidade com o povo. ACORDA
ALAGOINHA!!!! ACORDA ELEITOR!!! Com acordo político, você vai entrar em
sono perpétuo e os seus descendentes vão hibernar por, no mínimo, três gerações
adiante.
URBANIZAÇÃO E SANEAMENTO
O centro da cidade está limpinho mas a quantidade de ruas sem calçamento, sem
saneamento e o crescimento desordenado demanda ações imediatas de
responsabilidade do poder público. As casas arrumadinhas, simples mas bem
cuidadas, construídas com dificuldade e as ruas em péssimas condições não
correspondem ao esforço das pessoas em procurar melhorar sua qualidade de vida.
Morar bem é cidadania.
SAÚDE DOENTE
O que mais ouvi na cidade foram reclamações contra o atendimento na área de
saúde. Falta de médicos, de medicamentos, de equipamentos e até de alimentação
adequada para os enfermos tem sido a pauta das conversas quando o tema é saúde.
EDUCAÇÃO
Outra pauta que circula nas rodas da cidade é a necessidade de melhorar as
condições do Colégio Estadual. Muita gente insatisfeita. É difícil trabalhar
com educação em tempos sombrios onde só as estatísticas interessam e a
qualidade vai para o fim da lista das prioridades. Mas a comunidade junto com
professores, diretores e alunos podem virar o jogo. Basta iniciativa, interesse
e coragem. Afinal, a escola é de todos e quem não quer ter seus filhos numa boa
escola?
HOSPEDAGEM
E ALIMENTAÇÃO
A precariedade desse setor é complicada. A cidade precisa se organizar e buscar
alternativas para atender a demanda. Cajazeiras pode ser um ponto de apoio para
hospedagem mas a alimentação tem que ser resolvida no contexto da cidade.
SEGURANÇA
A Polícia Militar prestou um competente serviço de segurança pública, conteve
os excessos sem violência, atendeu às demandas do setor e sua atuação foi muito
importante para a tranquilidade da festa.
O FUTURO É AGORA
A comunidade precisa buscar alternativas de ocupação para os seus jovens.
Implementar programas consistentes na área de cultura e esportes para
desenvolver as habilidades de nossos jovens e prepará-los melhor. Se não
cuidarmos deles, com certeza, alguém há de cuidar e não ficaremos felizes com
isso.
MLUIZA
Texto
editado, em 11.01.2018, a partir do original publicado no site
alagoinha.ipaumirim em 27.01.2008
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