Flávio Lúcio Bezerra de Oliveira
As frutas e verduras eram vendidas na feira no
largo onde hoje está a Praça Pe. Cícero. A família Estolano (pai e filhos)
também vendiam frutas dentro do mercado, entre as lojas de José Josué e Luis
Barbosa. Os utensílios de barro eram comerciados na entrada do "Beco do
Custódio". O Zé do Bigodão tinha um "tapia" (pessoa que se
passava por jogador e sempre ganhava prêmios pra engabelar e estimular os
bestas) que se chamava Edmundo. Foi criança no meu tempo e tinha o cabelo
grande, como menina, por promessa da mãe dele. Na parte de baixo do prédio da
Difusora funcionou, em tempos mais remotos, a bodega de seu Isidro Nery e
posteriormente vários bares, inclusive o de Sebasto Barbosa que tinha sinuca.
No local, hoje funciona o mercadinho de Dino (recentemente falecido). De fato,
a feira do Domingo era uma festa. Ouvi muitos romances (Pavão Misterioso, Os
Doze Pares de França, etc.) e descrição de fatos importantes da época
(verdadeiras reportagens sobre desastres de trem, assassinados) cantados pelos
vendedores dos livretos através megafone. No meio da leitura eles paravam e
diziam: "quem quiser saber o final, compre o livro".
Flávio Lúcio.
Fortaleza, 06 de janeiro de 2008
Publicado no alagoinha.ipaumirim em 06.01.2008
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