Vida, oh! Doce vida. Um dia estamos na nossa
infância, de repente, estamos na adolescência e mais de repente ainda já
estamos na vida adulta. Chega um momento que paramos tudo e observamos aonde
chegamos, onde passamos, as amizades que conquistamos no passado, lembranças
boas de toda família reunida no domingo na casa dos avós, correria e brincadeiras
nas ruas quando criança, perturbando as conversas noturnas dos mais velhos
sentados nas calçadas. Lembrança da imensa altura da mãe da gente quando
pedíamos algum presente ou mesmo quando pedia para colocar nos braços, e hoje
somos nós que as colocamos nos braços, pois crescemos, conhecemos novos
horizontes, novos lugares, novas pessoas, novas formas de viver. Saudade dos
tempos de escola, que odiávamos acordar cedo, mas na verdade amávamos estar ali
todos os dias, bem cedinho, talvez, por causa daquela doce menina que tínhamos
como paquera, ou mesmo também por gostar de estuda, Lembranças das noites
calmas do pequeno e querido interior, do cheirinho de café da manhã que só a
mãe da gente sabe fazer. Saudade quando ela nos acordava para ir para aula, aquele
tempinho nublado que dava vontade de ficar deitado na cama ou na rede, e que
até muitas vezes ela deixava por pura pena e bondade de mãe. Tempo, é uma coisa
que voa. Lembranças de pessoas queridas que partiram para outra vida, de
acontecimentos alegres na cidade, na família. Coisa boa era poder todas as
noites passear nas ruas sem nenhum medo, sem nenhuma preocupação de ser
assaltado, e de ter a liberdade de ficar na rua até hora que quisesse, ficar
até tarde sentado na calçada da igreja recebendo aquele gostoso ventinho que
aparece por volta das 23 horas, e ficar rindo em alto e bom som, com amigos
falando sobre histórias que aconteceram, planos para o futuro. Naquele momento
de descontração, ninguém liga de dizer ao outro o quanto ele é importante nas
nossas vidas, dizer “Meu amigo, eu te amo”, mas pensando bem, a gente sempre
fala, não pela boca, mas sim pelas ações que provam o quanto a gente se importa
com ele. Lembranças também de passar nas calçadas e se for a pé, ter que
cumprimentar todos que vierem pela frente, pois se não dizer pelo menos um,
“oi”, “boa noite”,” olá”, “como vai?”, depois sai o comentário que “fulano” tá
rico, é besta não fala com ninguém. Se falar demais com todos, ai saem dizendo
que o “fulano” será vereador ou prefeito nas próximas eleições, (risos), coisas
boas que só se vemos no interior e em especial em Ipaumirim. Tem gente que não
gosta de recordar o passado, diz que quem lembra as coisas ruins sofre duas
vezes, e eu digo que quem recorda das coisas boas, sente o prazer, a alegria,
duas vezes;
A felicidade brilha nos olhos de quem recordar algo
bom que passou na sua vida, relembre reviva, sonhe, ame!
Erivando Nunes
Acadêmico de Publicidade e Propaganda
UNIFOR – CE
Publicado no alagoinha.ipaumirim em 14.06.2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Respeitar sempre.