Há
algum tempo atrás andei buscando informações sobre os séculos XVII, XVII e XIX
especificamente no NE. Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi como
funcionavam, naquela época, as redes de informação e como isso repercutia e se
concretizava no cotidiano das pessoas. Não ouso falar de estado, governo, etc. até
porque não tenho conhecimento para analisar. Estou falando de como os
procedimentos dessas redes, na época, primárias e secretas, propiciavam a
disseminação de práticas no tecido social nos mais diferentes níveis. Era como
se por um processo de capilarização não só as informações circulassem, mas as
coisas se naturalizassem e passassem a ser reproduzidas sem estranhamento. Numa outra realidade, eu ainda sinto essa
mesma sensação sendo que num processo bem mais complexo por conta dos avanços
do mundo. Voltando à questão da conexão
pelas redes, eu vejo a interconexão entre os desvios na condução político-administrativa
nos micro municípios e os grandes escândalos seja na concepção e/ou nas
práticas do poder. Para mim, o mais grave é como a população incorpora e
legitima esses conceitos e práticas sem ter sequer a curiosidade de se
reconhecer dentro e/ou a partir deles.
MLUIZA
18.02.2018
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