Pelo visto, IP insiste em viver fora do mundo.
Lendo um artigo de julho de 2008 mas muito atual porque o problema só tende a
se agravar. Acho que foi ano ou ainda em 2008, sei que houve em Ipaumirim uma
palestra de do Prof. Dr. Gerardo Bezerra de Oliveira - para os íntimos,
Gerardo, de Adolfo e Maristela - figura respeitada no ambiente acadêmico
brasileiro , consultor do CNPq, estudioso do problema da desertificação.
Se não me engano, sua vinda a IP para falar do tema
foi iniciativa da Câmara Municipal através da vereadora Júlia.
Excelente iniciativa mas depois tudo volta ao
normal.
Esta semana, lendo sobre as ações Comissão de Meio
Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da Assembleia Legislativa do Ceará,
vejo que a desertificação de Ip é um assunto em pauta na Comissão.
O que
projeta a nova gestão sobre políticas ambientais? E a comunidade sempre tão
silenciosa que nunca se pronuncia sobre as questões de interesse da terrinha?
Todo mundo preocupado com a transposição do rio São
Francisco, com a violência contra a menina Eloá, com as pautas da mídia mas questões
de interesse que deveriam estar na pauta local nunca estão presentes.
Quer ver uma? Aquele projeto do famoso açude da
Pitombeira... o que foi feito dele? Não é para o bem da comunidade? Os
políticos não juram de pés juntos que estão sempre trabalhando pelo povo? Então
tem que dar uma satisfação ao povo dizendo as razões pelas quais o açude não
sai. E a população tem que exigir uma satisfação porque este assunto já está para
lá de caduco. Entra e sai um prefeito atrás do outro e nada.
Sou ruim de datação mas lembro que a última vez que
ouvi falar no tal açude foi numa reunião que houve na prefeitura por ocasião na
festa de filhos e amigos de Ip, 18 de janeiro.
No dia 18, a ACRI ofereceu um belo café da manhã no
antigo XI de Agosto. Muito bem servido, organizado por Nali e Magna, lá estavam
os filhos de Ip que moram fora e as principais lideranças políticas do
município.
No dia 19, a Prefeitura ofereceu um café no Colégio
Estadual onde muitas pessoas que estiveram presentes no anterior também lá
estavam. Com exceção dos adversários políticos locais do prefeito que na
ocasião era Luiz Alves. O café também estava muito bom, era bem mais simples do
que o da ACRI mas também era para mais pessoas. Nem por isto foi inferior.
Afinal, pelo menos para mim que conservo meu paladar sertanejo, não sou gourmet
e nem entendo de gastronomia, um evento desta natureza vale pela
confraternização. Quanto mais interessante as pessoas presentes, menos me
interesso pelo cardápio.
Alguns consideraram uma disputa. Eu não. Eram
objetivos totalmente diferentes. os propósitos eram outros.
Durante o café, no Colégio Estadual, o ambiente
estava lotado e eu saí para arejar. Defronte ao colégio mas ainda na área
interna, presenciei uma cena inédita: num momento solitário, o deputado Omar
Baquit, convidado, dá um bocejo próprio de quem está pra lá de enfadado e
aborrecido de cumprir rituais políticos desinteressantes. No limite. Sabe
aquelas coisas que a gente aguenta por ossos do ofício? Pois era essa a
expressão do deputado que a seguir desmanchou-se em simpatias à medida que a
turba o cercava. Recauchutou o sorriso amarelo e vamos que vamos!
Daí, foi um bocado de gente para prefeitura, eu
desci no embalo e acabei entrando por lá. Pronto! Foi a última vez que eu ouvi
falar no açude da Pitombeira.
Afinal, alguém pode informar porque não sai o tal
açude?
E saneamento, calçamento, remédio, médico e otras
cositas más? A lista é grande e o próximo gestor precisa se pronunciar sobre o
recebe e o que vai fazer. Afinal, prefeito é para todo mundo e prioridade são
as demandas coletivas.
Se o município não trouxer respostas afirmativas e
sair do esquema funesto que tem marcado as gestões em Ip, vai ficar tudo do
mesmo jeito e teremos trocado seis por meia dúzia.
MLUIZA
Publicado no alagoinha.ipaumirim em 08.12.2008
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