IPAUMIRIM DA XILOGRAVURA



 
JOÃO PEDRO DO JUAZEIRO
Nasceu em Ipaumirim (CE), em 1964. Cresceu em Juazeiro do Norte trabalhando como vendedor ambulante. Começou a fazer xilogravura na Tipografia Lira Nordestina onde entrou em contato com outros artistas populares, tais como José Lourenço Gonzaga, Francorli, Abraão Batista, Stenio Diniz passando a desenvolver, a partir de então, xilogravuras para capas de seus folhetos. Fez exposição individual na Alemanha. Foi agraciado com o Prêmio de Gravura no Salão Norman Rockwell, em Fortaleza, em 1999. Participou de mais de 30 exposições coletivas e individuais. Entre outras, em 2004, integrou as comemorações pelos 205 anos da Emancipação do Ceará, através do Museu da Imagem e do Som (MIS) que promoveu a exposição Ceará sem Fronteiras, onde estão reunidas xilogravuras do artista. Esta exposição, que traz xilogravuras fixadas em cerâmica, louça e papel, retrata e contextualiza o Ceará na época da separação entre a Capitania do Siara da de Pernambuco, mais precisamente em 17 de janeiro de 1799. Participou ainda da 7ª Bienal Internacional do Livro do Ceará.
Junto com outros artistas, estabeleceu novas formas de corte e expressão da madeira revitalizando a gravura popular. Fez exposições, workshops, capas de livros e CDs, camisetas e outros materiais publicitários. Ministra oficinas itinerantes de xilogravuras também em outros estados.
Em 2007, foi contemplado com o Premio BNB de Cultura, edição 2008, com o projeto XILOCORDEL ARTE CULTURAL, na categoria Artes Visuais. Segundo Gilmar de Carvalho, “João Pedro Carvalho Neto, cordelista e gravador (...) , é autor do que chama de “xilocordel”, onde as histórias que conta são ilustradas por suas gravuras, criando um texto híbrido, sedutor, à sua moda, em função dos novos aportes tecnológicos. Essa experiência ele levou para as ilustrações do cordel “Iracema, a virgem dos lábios de mel”, atribuído a João Martins de Athayde e relançado pela “Coleção Outras Histórias”, do Museu do Ceará, por conta dos 140 anos de publicação do romance de José de Alencar (2005) (...) O autor reúne as duas formas de expressão que domina - a gravura mais que o cordel -, o que pode ser comprovado pelas matrizes diminutas que corta, que parecem ao leigo técnicas de escaneamento ou recursos fotográficos e na verdade revelam sua habilidade e domínio do ofício..”
Atualmente, o artista vive em Fortaleza e é considerado um dos melhores xilógrafos da atualidade.
Fontes consultadas:

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