CINEMA EM IPAUMIRIM: DEPOIMENTO

ZÉ HENRIQUE SILVA
  Quanto aos cinemas de Ipaumirim eu não tenho nada a acrescentar. Logo nunca gostei de filmes, como ñ gosto de novelas, por isso sempre fui afastado dessas casas de diversão. Conheci seus proprietários. E conheci Eutropio pq era presidente de um time de futebol-"UNIÃO"- de Cajazeiras e quando ia jogar ele mandava pedir pra gente dar uma mãozinha. Sim, lembrei-me que andei lendo os nomes de muitas pessoas e familias arrolados por Flávio, Bosco Macedo e outros garotos. Vamos incluir mestre Chico, mais magro do que Boneco e mais alto do que Tonhão Macedo. Era um ferreiro que tinha sua oficina bem próxima de um seu colega de nome Mestre Abílio, grosseiro, bruto que só soleira de porta. Certa feita foi entregar duas "encomendas" a um cliente: uma foice e um martelo. Caminhava muito rápido e ia pela calçada, hoje, das Casas Alves (tinha uns 70 cmts. de altura) e ali estava bêbado João Tomaz que tombou pra bater em Mestre Abílio, que para livrar-se sacudiu a mão que estava o martelo, cuja redoma afundou um pouco contra a fronte de João Tomaz que ficou estendido no meio da rua e o "pontual" ferreiro continuou sua caminhada para entregar as encomendas, sem ao menos olhar para traz nem para o lado, sem tomar conhecimento do que houvera. Se houver condição ainda de se inserir no rol das pessoas, famílias e fatos, lá bem atras, eu até que me lembro de alguma coisa. Comecei pensando num recadinho...

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